segunda-feira, 27 de abril de 2009

Vazamento em refinaria abala meio ambiente e prejudica comunidade pesqueira

Passada uma semana do vazamento de 2,3 mil litros de óleo na Baía de Todos os Santos, os pescadores e marisqueiras da região ainda enfrentam dificuldades para retomar a rotina de trabalho. A mancha atingiu as praias de Coqueiro Grande até Caípe (divisa entre os municípios de São Francisco do Conde e Madre de Deus), em uma extensão de cinco quilômetros, e mais aproximadamente 200 metros de área do manguezal no estuário do rio Caípe. Falhas no bombeamento de resíduos para a Estação de Tratamento de Dejetos Industriais da Refinaria Landulpho Alves teriam causado o incidente.


Na última segunda-feira (20/04), o Ministério Público Federal na Bahia - MPF/BA instaurou inquérito civil para apurar os danos ambientais decorrentes do vazamento, as suas causas e a extensão das áreas afetadas, além da responsabilidade da Petrobras. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - Ibama, o Instituto do Meio Ambiente da Bahia - IMA, a Capitania dos Portos, a Agencia Nacional do Petróleo – ANP e a Prefeitura de São Francisco do Conde deverão entregar informações sobre o caso num prazo de 5 a 15 dias a partir do recebimento da notificação do MPF. À estatal, caberá responder pelas medidas adotadas para preservar o meio ambiente, indenizar as populações atingidas e sobre os danos morais coletivos.



Em protesto, a comunidade pesqueira de Passe e Candeias ocupou balsas da empresa desde a tarde da última segunda, exigindo a contratação dos trabalhadores de todas as comunidades afetadas pelo acidente na limpeza das praias e manguezal - o cadastro é restrito aos pescadores e marisqueiras do distrito de Suape, e assegura o pagamento de R$ 60 por dia de trabalho. Os manifestantes também exigiam a concessão de indenizações no valor de R$ 5 mil para cada uma das 370 famílias afetadas, a substituição de 100 mil metros quadrados de rede e a restauração de cerca de 150 embarcações que teriam sido danificados pelo óleo.



A embarcação só foi desocupada na manhã desta quinta (23), graças à intervenção do Instituto do Meio Ambiente da Bahia, que também assegurou nova reunião com os empresários, às 15h. “Fizemos um apelo para que a população deixasse espontaneamente a embarcação, devido a importância de dar prosseguimento às operações de limpeza e recuperação do ponto de vista ambiental, e evitar o risco de maiores danos ao ecossistema da região”, explica a diretora geral do IMA, Beth Wagner.



Beth também adianta que a Petrobras mostrou disposição em dialogar com a comunidade. A empresa, inclusive, assumiu compromisso com a distribuição de duas mil cestas básicas para as famílias diretamente afetadas pelo vazamento até a próxima sexta-feira (24/04), mediante cadastro prévio. As demais reivindicações ainda seguem na pauta de negociações.





Dano ambiental e sócio-econômico

Além de expor perigo ao meio ambiente, com o agravante de ter atingido a Unidade de Conservação APA BTS e a área de preservação permanente (extensão do ecossistema de manguezal), a Infração Ambiental ocasionada pelo lançamento indevido de efluente acarreta prejuízo às atividades econômicas e à saúde humana. Não à toa, o IMA taxou a infração como “gravíssima” e a Petrobras deve ser multada de acordo com o que prevê o Art. 176 e Art. 180, inciso II da Lei Estadual nº 10.431, de 20/12/06.



Ainda de acordo com o Instituto, a empresa, que também não liberou o laudo técnico com as causas do acidente, poderá ter que pagar até R$ 50 milhões em indenizações. Por enquanto, uma equipe do órgão segue acompanhando e vistoriando as ações da estatal na limpeza e remediação do óleo até a normalização da situação; quando, então, será possível uma avaliação concreta da extensão dos prejuízos e a elaboração de relatório final, com a adoção das medidas cabíveis. “Fizemos o que nos cabia. A nossa tarefa se conclui com a questão ambiental; é disso que tratamos”, afirmou Beth Wagner.



Fonte:
Portal Vermelho
Camila Jasmin, com Agências

sábado, 25 de abril de 2009

Desce pelo ralo?


Um dos maiores problemas de falta de cuidado com o meio-ambiente é o descaso com que são tratados os ralos do esgoto caseiro e o vaso sanitário. Isso pode acabar causando problema para o próprio usuário.

Uma diversidade de coisas são, diariamente, jogadas nesses pontos de descarte das casas. Sem pensar e nem ter consciência do grave erro, joga-se cotonetes, lixo da varrição da casa, restos de comida. Aos poucos esses detritos vão se acumulando nas paredes dos encanamentos de esgoto, que acabam afinando e entupindo. Esses dutos de esgoto são mais estreitos que os da rede fluvial, que são encanamentos largos, feitos para dar vazão à grande quantidade de água em momentos de temporais.

Não é raro encontrarmos nas ruas, funcionários de uma companhia de águas e saneamentos desentupindo esgotos. E são muitos a realizar esse trabalho nas cidades. Isso tudo por causa do acúmulo de objetos jogados nos ralos.

O maior vilão do esgoto é o fio dental. Fabricado com fibras cada vez mais resistentes, forma, dentro dos dutos, uma rede que impede a passagem de outros objetos, obstruindo essas tubulações.

Outro problema é a grande quantidade de produtos de limpeza que também vão para o ralo. A química desses produtos acaba por impedir a eficácia do tratamento dos esgotos.

Os efeitos desse descaso causam uma agressão ainda maior, nos lugares onde não há tratamento de esgoto. O descarte desses dejetos acaba por cair no meio-ambiente – rios, córregos e mar – poluindo-o e causando a morte de plantas e animais.

É preciso uma atenção maior das pessoas para com esse problema. Utilizar um desses produtos e descartá-lo no local apropriado é uma obrigação de todos, é para isso que mantemos lixeiras em casa. Lugar de lixo é no lixo e não no esgoto. Cuidar do ambiente familiar é também cuidar do meio-ambiente. É não causar mais estragos a um mundo que já é tão maltratado e que, ao mesmo tempo em que pede socorro, já começa a se manifestar, respondendo à forma com vem sendo cuidado. Devemos encarar o nosso planeta como um organismo vivo – que realmente é – que lança anticorpos na corrente sanguinea para se defender dos vírus e bactérias que o atacam.

As respostas do planeta estão aí. Tsunames, aquecimento global e, por conseguinte, derretimento das geleiras, elevação dos oceanos, terremotos e ciclones onde não aconteciam antes, uma série de fenômenos naturais que estão se manifestando de forma nunca vista ou documentada.

terça-feira, 21 de abril de 2009

O descaso com as árvores de Salvador e a destruição



Do último sábado, 18/4, para cá, nos deparamos com algo não muito comum em Salvador: a queda de árvores. No sábado foi uma no bairro da Barra e somente hoje, 21/4, foram quatro quedas em vários bairros da capital.

O que será que acontece? Será que as árvores estão velhas e não aguentam mais ficar de pé? Ou é a falta de manutenção?

Sabemos que as árvores urbanas não podem ser tratadas como as que existem no campo. As ruas das cidades não possuem um escoamento de água normal, em que a água atinja satisfatoriamente as raízes, para que as árvores possam alimentar-se de maneira correta.

O que será que os órgãos públicos estão pensando para não tomar atitudes corretas como a poda das nossas árvores que tanto bem nos fazem? Para árvores de rua a poda é essencial. A poda fortalece a árvore e contribui para o embelezamento da paisagem urbana. Uma árvore bem podada é uma árvore bem tratada e resistirá às intempéries.

Esperemos que a prefeitura, depois desses acontecimentos, passe a dedicar uma atenção maior para esses vegetais frondosos que embelezam a nossa cidade e nos protegem dos fortes raios solares com a sua sombra, além de produzirem o oxigênio, tão importante para a manutenção da vida em nossa biosfera.

domingo, 12 de abril de 2009

Reciclar é importante

Atualmente a quantidade de lixo produzida no Brasil é imensa: cerca de 15 mil toneladas por dia. Se todo esse lixo fosse colocado em caminhões de uma só vez, seria formada uma fila ocupando 150 km de estrada com 16.400 veículos. E o pior; em apenas três dias essa fila cresceria e ultrapassaria a distância entre Salvador e Aracaju (356 Km).

Cerca de 35% desse lixo é composto de vidro, papel, latas e plástico. Retirar esse material do meio-ambiente é de grande vantagem. Uma das mais importantes é a economia de energia com a reciclagem desses materiais. Cada lata de alumínio reciclada economiza energia elétrica suficiente para manter uma lâmpada de 60 watts acesa por quatro horas. Se reciclarmos 100 toneladas de plástico, evitaremos a utilização de uma tonelada de petróleo. Além disso, outros 35% desse material descartado (o lixo orgânico), poderiam ser transformados em adubo, isso significa que 70% da poluição do meio-ambiente seria transformada em algo utilizável para todos.

Reciclar só traz vantagens. Gera emprego, reduz a quantidade de lixo jogada nos lixões, atenua a utilização dos recursos naturais e principalmente, diminui a poluição. Mas para as cidades que possuem milhões de habitantes, como realizar a reciclagem? Em primeiro lugar é preciso separar os tipos de lixo. Para isso necessita-se de um sistema, que é um pouco caro, chamado “Coleta Seletiva de Lixo”.

Na Coleta Seletiva, o lixo orgânico é separado de papel, vidro, plástico e metais, que são os considerados reaproveitáveis. Em algumas cidades podemos encontrar caixas de lixo coloridas – uma cor para cada tipo de lixo – onde são depositados esses materiais recicláveis.

No momento que estamos vivendo é importantíssimo conscientizar as pessoas para a necessidade da reciclagem, para com isso poder melhorar a qualidade de vida de toda uma população, na qual a desigualdade social é uma triste realidade e se evidencia com a utilização irracional do patrimônio natural.

A degradação ambiental é uma realidade e é preciso alertar para suas consequências. Estamos esgotando as reservas naturais do planeta e seus recursos naturais em uma velocidade vertiginosa e não se cria nenhuma forma que possibilite a construção de um modelo de vida sustentável para o futuro.

É de extrema urgência a construção de novas atitudes e reflexões em relação à utilização dos recursos naturais, sobre os impactos produzidos por essa degradação e encontrar uma maneira de o ser humano se relacionar com o meio ambiente de maneira sustentável para que possamos garantir um futuro para as próximas gerações.

E essa formação deve começar em casa, com uma conscientização das crianças sobre a necessidade de manter limpo o ambiente em que vivem em parceria com a escola que deve, pedagogicamente, encontrar meios de fazer com que essas crianças percebam a realidade e, também, sejam geradoras de meios que possam solucionar os problemas ambientais.

Imprescindível que todos estejamos unidos – governos, ONGs, fundações, empresas, escolas e a população – para dar um freio nesse problema, criado por nós mesmos, mas que ainda há tempo para a sua solução: reconstruir o ambiente da nossa biosfera, o nosso lar, que é o único em milhões, ou bilhões de anos-luz.

10% da Mata Atlântica podem ser restaurados em 40 anos



A intenção é restaurar 15 milhões de hectares até 2050

Sob a supervisão de 16 organizações ligadas à preservação do meio-ambiente, entre elas a Associação Mico-Leão-Dourado e a Associação SOS Mata Atlântica, foi lançado esta semana o “Pacto pela Restauração da Mata Atlântica" que reunirá projetos de ONGs e governos com o objetivo de ampliar o alcance a que são direcionados. Após o lançamento, 53 ONGs, empresas, governos e instituições de pesquisas já aderiram ao Pacto, durante toda a semana.

O objetivo do projeto é contribuir para alcançar os 30% de mata preservada previstos no Código Florestal brasileiro. Segundo Miguel Calmon, coordenador geral do Conselho de Coordenação do Pacto, apenas 7% da cobertura atual de Mata Atlântica conseguem cumprir seu papel de conservação da biodiversidade. Outros 13% são compostos por fragmentos de mata, que precisam ser interligados. A restauração prevista pelo pacto, que corresponde a 10% da cobertura original da floresta, poderá completar a conta para se adequar à legislação.

Como contrapartida, de acordo com a missão do pacto, os projetos de restauração deverão gerar trabalho e renda, realizar o pagamento por serviços ambientais e a adequação legal da atividade agropecuária. “Queremos articular instituições públicas e privadas, instituições de pesquisa, governos, ONGs, empresas e os proprietários rurais. A conservação precisa virar um 'negócio' para funcionar”, afirma Calmon.

Os grandes proprietários rurais poderão se beneficiar, por exemplo com a adequação legal de suas terras, recebendo eventuais ganhos financeiros por serviços ambientais, como o sequestro de carbono. Uma alternativa para pequenos e médios proprietários é a transformação de terras com baixa produtividade em áreas de florestas manejadas que poderão ter alto rendimento econômico. Um dos principais focos da articulação do pacto é a adesão dos proprietários rurais, que, segundo Calmon, “são os grandes protagonistas desse processo”.

Fonte: G1

quarta-feira, 8 de abril de 2009

E não é que tem gente que faz isso?



Vamos acordar, minha gente!

Charge de Mário Guerreiro

Ventania poderosa tem força para gerar muita energia


A nossa biosfera é varrida diariamente pelo vento. A quantidade dessa ventania é suficiente para a geração de energia para suprir quatro vezes mais a necessidade de consumo atual.

É a energia eólica que já é uma realidade e gera energia para milhões de pessoas, empregos para dezenas de milhares de seres humanos e um lucro de bilhões de dólares.

Em 2002, Na china houve aumento em dobro da capacidade de geração de energia através da força do vento. O governo dinamarquês, desde o início dos anos 1970, apóia a aplicação e o desenvolvimento da indústria de energia eólica, dando incentivos fiscais e realizando investimentos públicos. Na Dinamarca há mais pessoas trabalhando na indústria eólica do que na pesca. Povos nômades da Mongólia utilizam a energia eólica para alimentar lâmpadas e aparelhos elétricos.

Fonte: Greenpeace - Brasil

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ex- ministra Marina Silva é premiada por luta ambiental


Pelos seus esforços para a preservação da Amazônia, "o maior e mais rico ecossistema da Terra: a floresta amazônica", a ex-ministra do Meio Ambiente (PT-AC), é a vencedora do prêmio Sophie 2009. O anúncio foi feito no último dia 1º na Noruega e junto com o prestígio adquirido com o prêmio, a senadora ganhou US$ 100 mil. Os jurados que escolheram Marina, 51 anos, avaliaram a sua coragem e luta que a levaram a conseguir resultados “sem comparação” no campo de proteção de florestas.

Marina, junto com o líder seringueiro Chico Mendes – assassinado em 1988 –, militou pela proteção do meio-ambiente. Nasceu de uma família de seringueiros e ao lado de seus 11 irmãos viva da extração da borracha nos seringais. A despeito de ser analfabeta até a adolescência, estudou e formou-se em História na Universidade Federal do Acre.

Apesar de sofrer muitas pressões de fazendeiros, Marina, baseou-se na lei para proteger a floresta, que é fundamental para a proteção da vida, pois absorve grande quantidade de dióxido de carbono (CO2), um dos causadores do efeito estufa. Além da sua militância em prol do meio-ambiente, mas principalmente pela sua batalha para a conservação da Floresta Amazônica, o júri do prêmio afirmou: "Seu esforço para assegurar um manejo sustentável da terra em que vivemos é uma inspiração para todos nós."

Após quase cinco anos no posto de ministra do Governo de Luis Inácio Lula da Silva, Marina demitiu-se em maio de 2008. O prêmio deste ano, que será entregue em uma cerimônia em Oslo, no dia 17 de junho, é uma criação do escritor norueguês Jostein Gaarder e a mulher dele em 1997. O título é baseado no maior sucesso do autor, “O mundo de Sofia”. O vencedor do ano passado foi o biólogo norte-americano e escritor Gretchen C. Daily.