quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dicas sobre o que é reciclagem

Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram. É o resultado de uma série de atividades, pela qual materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.

Reciclagem é um termo originalmente utilizado para indicar o reaproveitamento (ou a reutilização) de um polímero no mesmo processo em que, por alguma razão foi rejeitado.  



O retorno da matéria-prima ao ciclo de produção é denominado reciclagem, embora o termo já venha sendo utilizado popularmente para designar o conjunto de operações envolvidas. O vocábulo surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais passaram a ser tratadas com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo, quando reciclar ganhou importância estratégica. As indústrias recicladoras são também chamadas secundárias, por processarem matéria-prima de recuperação. Na maior parte dos processos, o produto reciclado é completamente diferente do produto inicial.




Fonte: Portal da Reciclagem

domingo, 24 de outubro de 2010

Reciclar com consciência é preciso

A reciclagem é importante, mas não devemos transformar lixo em lixo 
O estrondoso desenvolvimento social e econômico percebido nos últimos tempos, faz pensar em como enfrentar os problemas gerados por esse mesmo desenvolvimento. Um deles é o desequilíbrio ambiental.

Na busca desenfreada pelo consumo, populações, principalmente as mais desenvolvidas, provocam danos irreparáveis ao meio ambiente. O consumo exagerado dos recursos naturais, o descarte dos produtos não mais utilizados, sem que sejam levados a um destino correto, agridem ainda mais o ecossistema do planeta, que já pede socorro.

Pesquisas recentes afirmam que um único habitante de um país rico consome praticamente o mesmo que 25 habitantes de um país em desenvolvimento, ou emergente. Isso faz com que as nações passem a ter uma maior preocupação em avaliar suas políticas de crescimento social, tornando mais comum a utilização de termos como desenvolvimento sustentável, eco-eficiência, dentre outros.
 
O Brasil

Com uma produção aproximada de 100 milhões de toneladas anuais de lixo – 40 milhões só de lixo domiciliar –, o Brasil já começa a sentir os efeitos do crescimento desordenado – aumento populacional, mais indústrias, urbanização desordenada etc. Até o aumento da renda da população brasileira contribuiu, e muito, para o crescimento da quantidade de lixo nos aterros sanitários. A explosão do consumo é fator preponderante para a poluição do ecossistema. Mais dinheiro, mais compras, mais lixo.

A reciclagem consciente

Para enfrentar esse problema, que só cresce, se faz necessária a conscientização da reciclagem. Mas isso começa pela coleta que deve ser diferenciada. Resíduos sólidos, como plásticos, madeira, aço, alumínio, papel etc., e orgânicos devem ser separados na hora do descarte, pois os sólidos que forem contaminados com dejetos orgânicos não devem ser reciclados.

A reciclagem gera resultados altamente benéficos, como a infinita utilização da matéria prima e preservação dos aterros sanitários, onde devem ficar apenas os que se decompõem rapidamente. Além disso, vem a geração de emprego, a consciência ecológica e, principalmente, a minimização de gastos com saúde pública.

O mais importante de tudo isso é a reciclagem consciente, não transformar lixo em mais lixo. O plástico, por exemplo, por ser reciclável, pode perfeitamente voltar a ser utilizado da mesma foram que a origem – copo plástico pode voltar a ser copo plástico. Utiliza-se embalagens de garrafa pet para fazer brinquedos, peças de decoração e até sofás e “puffs”; tudo muito bonito e em alguns casos de bom gosto, mas não passam de produtos que logo voltarão a ser lixo sem que tenham passado, realmente, por um processo de reciclagem. Um brinquedinho desses tem pouca vida útil e logo será descartado em algum lixão gerando mais poluição. O mesmo certamente acontecerá com as latinhas de alumínio e seus lacres etc.

Portanto, é necessário a consciência de como reciclar, ter os cuidados necessários para que o bem estar da população seja sempre respeitado. O respeito a essas ideias, possibilitará a garantia de um futuro mais limpo e solidário para o planeta.

sábado, 23 de outubro de 2010

Poluição luminosa “apaga” as estrelas e desequilibra os ecossistemas das cidades

A cada dia somos surpreendidos com problemas causados pelo "desenvolvimento" proveniente da "civilização(?)". O excesso de luz à noite já começa a "mostrar as garras" gerando mais questionamentos sobre a evolução humana e aonde vamos parar com tanta falta de zelo com o ambiente em que vivemos.
A reportagem a seguir, mostra os males que o exagero de luz à noite é capaz de causar à vida no planeta.

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Na foto ao lado criadores do Stellarium 
ranquearam os níveis de visibilidade
de estrelas no céu
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 Há quanto tempo você não para e contempla demoradamente um céu estrelado? Pense um pouco e reflita qual foi a última vez que você contou estrelas ou tentou identificar as constelações em uma noite escura. Ou melhor, pergunte a alguma criança se alguma vez na vida ela já viu uma estrela cadente. Cada vez mais, cenas como essas tem sido vistas apenas em filmes, novelas e comerciais de TV.
Com a evolução das cidades o homem tem se afastado do contato com a natureza e coisas banais. Olhar para o céu, se tornou algo distante da nossa rotina. Mas não pense que a culpa é exclusiva do nosso estilo de vida moderno. Além da correria do dia a dia e do excesso de espaços fechados, outro problema tem feito com que as pessoas não enxerguem mais tantas estrelas no céu: a poluição luminosa das grandes cidades.

  Qualquer um pode perceber esse fenômeno. Basta olhar de longe para um centro urbano para ver um clarão laranja envolvendo a cidade. Esse é um sinal do excesso de lâmpadas de vapor de sódio presentes por ali.
Esse brilho no céu, causado pelo excesso de luzes direcionadas para cima, é o grande responsável pelo ofuscamento das estrelas que estão mais próximas ou um pouco acima da linha do horizonte.

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Céu noturno na cidade do Novo México é exemplo do fenômeno 
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Os impactos desse excesso de luminosidade é sentido em todo o planeta, especialmente nas regiões ocupadas por grandes metrópoles. Segundo o engenheiro de energia Saulo Gargaglioni, uma estimativa aponta que cerca de 1/5 da população mundial, mais de 2/3 da população dos EUA e mais da metade da população da União Europeia perderam a visibilidade a olho nu da Via Láctea.
Uma avaliação feita em Madri, nas Espanha, revelou que a poluição luminosa causada pelas luzes da cidade poderia ser sentida em um raio de 100 km. Toda a área do sul da Inglaterra, Holanda, Bélgica, Alemanha Ocidental e norte da França têm um brilho noturno entre duas e quatro vezes acima do normal. O único lugar na Europa continental onde o céu pode alcançar sua escuridão natural é no norte da Escandinávia.
Com isso, o céu das cidades tem se tornado ambientes cada dia mais “apagados” e seus moradores, cada vez mais distantes da natureza.

Impactos

E quem pensa que o problema se restringe à perda da beleza de uma noite estrelada, se engana. O excesso de luz artificial pode trazer diversos problemas para a saúde dos seres humanos e ainda causar um desequilíbrio da flora e fauna local.
Estudos apontam que a exposição à luz durante a noite pode aumentar o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de mama. Isso ocorre devido à supressão da luz noturna sobre a glândula pineal, reduzindo a produção do hormônio melatonina.
Esse hormônio só é sintetizado no escuro e sua produção é inversamente proporcional às exposições ambientais de luz. Por isso, sua redução tem sido altamente correlacionada com o aumento do risco da doença.
A invasão de luz nas casas devido a locais com alta iluminação noturna, como lojas e shoppings, também pode prejudicar a qualidade do sono das pessoas, levando ao estresse, insônia e outros transtornos. Motoristas podem ter sua capacidade visual reduzida por alterações bruscas de ambientes claros para escuros e vice-versa.
O excesso de iluminação noturna também pode afetar a reprodução, migração e comunicação de espécies, como aves e répteis diurnos, que caçam somente durante a noite. Pássaros atraídos pela luz dos prédios, torres de transmissão, monumentos e outras construções, voam sem cessar em torno da luz até caírem de cansaço ou pelo impacto com alguma superfície.
A iluminação artificial nas praias também pode ocasionar a desorientação de filhotes de tartarugas marinhas ao saírem dos ninhos. Normalmente, os filhotes movem-se no sentido contrário aos ambientes escuros, em direção ao oceano. Com a presença de luzes artificiais na praia, os filhotes não conseguem diferenciar os ambientes e acabam desorientados.
Até as plantas sofrem com o fenômeno. Pesquisas mostram que algumas espécies não florescem se a duração da noite é mais curta do que o período normal, enquanto outras florescem prematuramente.
Para completar o quadro, ainda existem consequências econômicas para o fenômeno. Pesquisadores norte-americanos estimam um desperdício anual de dois bilhões de dólares com iluminação ineficiente. Outro estudo mostra que um aumento de 25% na iluminação noturna, ocasiona uma perda de quase 20 milhões de dólares para a astronomia.

Planejamento e controle são as soluções

Para Gargaglioni, todas essas consequências são resultado do mau planejamento dos sistemas de iluminação. “A visibilidade do céu noturno tem sido prejudicada não só pelas luminárias das vias públicas, mas também pela iluminação ineficiente de estádios de futebol, outdoors, monumentos e fachadas de prédios”, afirma.
E para evitar a poluição, bastam alguns cuidados simples. Segundo o arquiteto Eduardo Ribeiro dos Santos, o problema pode ser controlado pelo direcionamento correto das fontes de luz, controle do ofuscamento e utilização correta das lâmpadas que podem reduzir a poluição ao mínimo.
Políticas públicas voltadas para o combate ao problema também tem sido adotadas em diversos países. Em junho de 2009, a Associação Médica dos Estados Unidos desenvolveu uma política de apoio ao controle da poluição luminosa.
No Brasil, a legislação atual ainda é muito desconhecida e pouco abrangente. As poucas leis que tratam do assunto se referem apenas a áreas de desovas de tartarugas ou de observatórios espaciais.
 “Iluminar bem não é iluminar em excesso, e sim, com eficiência, e os profissionais e a comunidade em geral devem ser alertados para isso”, conclui Gargaglioni.

Fonte: EcoD

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Censo encontra novas epécies de vida no mar

                                                                      A acantharians é um dos quatro tipos de amebas grandes que ocorrem
                                                                       em alto mar. Seu frágil esqueleto é feito de um único cristal de sulfato
                                                                             de estrôncio, que se dissolve na água quando ela morre.






Mais de dois mil cientistas de 80 países fazem um censo da vida marinha e encontram mais de cinco mil novas formas de vida no fundo do mar. E é posivel a existência de um número muito maior dessas criaturas nos mares do planeta.


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O Censo Mundial da Vida Marinha tem quatro projetos de campo focando em vidas difíceis de serem observadas, como pequenos micróbios, zooplânctons e larvas.

Pequenas isoladamente, essas formas de vida são massivas como grupos e fornecem alimento que mantém criaturas maiores.

"Os cientistas estão descobrindo e descrevendo um impressionante novo mundo de biodiversidade marinha microscópica, e padrões abundantes de distribuição e mudanças sazonais”, disse Mitch Sogin do Marine Biological Laboratory em Woods Hole, Massachusetts, líder do Censo Internacional de Micróbios Marinhos.

O Censo da Vida Marinha, apresentado em 4 de outubro, em Londres, envolveu mais de dois mil cientistas de mais de 80 países.

O censo de uma década descobriu mais de cinco mil novas formas de vida marinha. Pesquisadores acreditam que haveria diversas vezes esse número de criaturas ainda não encontradas.

Atualizações anteriores estavam focadas em criaturas maiores, mas agora os pesquisadores se voltaram para coisas minúsculas, algumas das quais enterradas no solo.


 Fonte: site da Info

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A boa qualidade do solo: o segredo para uma boa agricultura


"O essencial é manter o solo vivo"


Pioneira do movimento orgânico no País, a agrônoma Ana Primavesi completou 90 anos no domingo

 

No domingo, dia 3, o movimento orgânico no Brasil comemorou uma data especial: uma das pioneiras na agricultura orgânica no País, Ana Primavesi, completou 90 anos. Há 68 anos, desde que se formou em agronomia, na Escola Rural de Viena, Áustria, Ana Primavesi voltou-se ao estudo da vida do solo. "Ninguém queria estudar o solo, era uma coisa inesperada naquela época", lembra ela, em entrevista concedida ao Estado na semana passada.

A simplicidade de seus pensamentos, aliada à força de suas convicções e seu conhecimento sobre a ecologia do solo, cativam qualquer ouvinte.

"Em todos esses anos cada vez mais eu percebo que a questão não é só não utilizar adubos químicos e agrotóxicos para ter uma agricultura orgânica", ensina. "O fundamental é manter o solo vivo; assim se conseguem lavouras extremamente produtivas e saudáveis", diz ela, exemplificando: "Uma planta precisa de 45 nutrientes para crescer bem, e não apenas três (nitrogênio, fósforo e potássio), como prega a agricultura convencional, que é feita sobre um solo morto."

Produtividade

Ela garante que, se o solo está vivo, saudável, é possível produzir até três a quatro vezes mais do que na agricultura convencional. Para recuperar um solo morto, porém, leva tempo. "No mínimo quatro anos", diz. É preciso, segundo Ana Primavesi, trabalhar para reagregar o solo. "E o que agrega o solo é vida - e a vida do solo, os microrganismos, precisa de comida, que é matéria orgânica, restos vegetais principalmente", ensina ela, ressaltando que, infelizmente, o agricultor está condicionado, de 4o anos para cá, a achar que a "salvação da lavoura" vem pela química. "O agricultor é lento para mudar de ideia, mas ele vai perceber que essa adubação química só mata o solo morto."

Texto do ESTADÃO