sábado, 29 de janeiro de 2011

Para ONGs, Belo Monte é crime ambiental



Um grupo formado por 60 ONG’s divulgou nessa quinta feira (27) uma nota de repúdio à construção da usina de Belo Monte.

A crítica principal do grupo foi sobre a concessão da licença de instalação parcial para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), emitida na quarta feira (26) pelo Ibama que autoriza a instalação do canteiro de obras preparatórias.


Segundo as ONGs a licença parcial é “o primeiro grande crime de responsabilidade do governo federal neste ano que nem bem começou”. A nota ainda se refere a hidrelétrica como “enorme predador”.

A ausência de garantias do projeto pra evitar o desequilíbrio social e ambiental também é alvo da nota. “Denunciamos essa obra como um projeto de aceleração da miséria, do desmatamento, de doenças e da violação desmedida das leis que deveria nos proteger”, diz o texto.

O Ibama afirma que a liberação parcial se deu com base em critérios técnicos e que autoridades e organizações da região foram ouvidas, porém o grupo das organizações diz que não foi levado em conta as opiniões contrárias à construção.

O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) também reagiu à tal licença parcial e deve entrar com uma nova ação na Justiça questionando o licenciamento ambiental de Belo Monte. O próprio MPF já tinha enviado, em novembro de 2010, uma recomendação ao Ibama para que o órgão não fragmentasse o licenciamento de Belo Monte com a concessão da licença de instalação parcial.

Vale lembrar que, formalmente, a legislação não prevê a emissão de licenças parciais. Normalmente são três etapas: licença prévia (atesta que a obra é viável); a licença de instalação (o começo da construção); e a licença de operação (autorizando o empreendimento a funcionar).

Fonte: eco4planet

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ibama libera canteiro de obras de Belo Monte

Mais uma vez a força do poder econômico fala mais alto em nosso país. Ignoram-se as verdadeiras necessidades do meio-ambiente, desrespeita-se o ecossistema, vai-se de encontro aos interesses ambientais e esquecem-se as leis que protegem o nosso solo, o nosso ar, a nossa água; tudo que necessitamos para que a vida siga tranquila no planeta.

A construção da usina de Belo Monte no Xingu, no estado do Pará, está se tornando uma e um exemplo desse desrespeito. E o pior: o Instituto Brasileiro do Meio-ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) acaba de colaborar com essa insensatez ao dar licença parcial para a construção do canteiro de obras da usina, já permitiu até desmatamento. É claro que para liberar a construção da usina falta muito, muito pouco. É uma questão de pouquíssimo tempo.

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O Ibama permitiu ontem que fosse dado início à construção do canteiro de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA). A licença é parcial, já que não permite a construção da usina em si.

O documento informa que a Norte Energia, que congrega os investidores, foi autorizada a implantar e melhorar as estradas de acesso e áreas para estoque de solo e madeira para realizar terraplanagem. Também foi autorizado o corte de 238 hectares de vegetação para o canteiro.

A licença para início da construção da usina ainda está em análise, segundo informou ontem o Ibama.





Fonte: Destak Jornal

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

França vai jogar usando garrafas (e o Brasil também)

Uma iniciativa para o bem de todos. Utilização de produtos recliclados no futebol mostra a preocupação, também na área esportiva, com a preservação do meio-ambiente. Garrafas pet descartadas servem para a fabricação de elementos importantíssimos do esporte da bola no pé.

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Depois de lançar um tenis feito de papel reciclado, a Nike apresentou o uniforme da seleção de futebol da França, feito de garrafas pet recicladas. O primeiro uniforme da Nike para a França (que até o ano passado usava Adidas) leva o título de “o mais ecológico, até agora”. Com o calção feito 100% com fibra de garrafas plásticas e a camiseta com 96% (outros 4% são algodão orgânico) o uniforme ainda usa a tecnologia Dri-Fit para ventilar mais o jogador.

Essa tecnologia é semelhante a utilizada pela seleção do Dunga na copa passada. Falando nisso, a Nike ainda não oficializou as imagens da nova camisa canarinho, mas dizem que ela segue o mesmo padrão de reciclagem da França.

Os uniformes serão utilizados no amistoso França x Brasil dia 9 de fevereiro.
PS: Nike, quando a gente falou que gostou do uniforme brasileiro estar “mais verde”, não estávamos pensando nessa faixa verde estranha.

Fonte: eco4planet

Realmente nunca é tarde para lembrar

A Beautiful Lie, um videoclipe para ser lembrado

 

 


O grupo norte-americano de rock 30 Seconds to Mars levou seis meses para gravar o clipe da música A Beautiful Lie, no Ártico. O projeto envolveu tecnologia e métodos de trabalho além dos padrões de filmagem e edição de um videoclipe. Junto com o single, a banda lançou uma campanha homônima para chamar atenção do mundo para o aquecimento global e como essas modificações climáticas estão influenciando na vida das pessoas que moram no continente mais gelado da Terra.
A campanha foi lançada em setembro de 2010, mas como acontece com a música nunca é tarde para cantar (ou falar) mais uma vez sobre o aquecimento global e suas implicações no equilíbrio da vida terrestre.

a-beautiful-lie
O vídeo foi todo gravado no Ártico/Foto: Divulgação
O vocalista da banda, Jared Leto, escreveu um manifesto sobre a realização do projeto e o sonho de filmar no Ártico, abordando a problemática do clima. Mas reconheceu que ainda há muito a ser feito, além das gravações:

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“Nós não professamos ser especialistas nas condições climáticas do planeta. Não pretendemos viver nossas vidas em perfeita harmonia com a Terra, tendo certeza de que a cada momento nós exalamos marcas verdes para compensar as emissões de carbono que vêm do ar quente que respiramos. E sim, nós já fomos advertidos sobre as implicações e perigos desse comportamento banal após realizar um videoclipe com declarações ambientais. Mas fomos obrigados e inspirados a seguir em frente após perguntarmos a nós mesmos: ‘É melhor fazer isso a não fazer nada?’ A resposta é sim, e nós pulamos com tudo.
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No início do vídeo, um esquimó dá um depoimento sobre quando era criança e caçava no gelo com seu cachorro, mas agora, com o degelo no inverno, não há como andar por aquelas áreas. Essa mudança dificulta a sobrevivência de seu povo: “Eu não posso falar sobre o que o futuro reserva, mas se o clima continuar assim, pessoas que moram nas planícies ao redor do mundo terão grandes problemas”.


Fonte: ecodesenvolvimento - EcoD

sábado, 22 de janeiro de 2011

Empresa coletora de lixo industrial comete crime contra o meio-ambiente

Mais um flagrante de descaso com a natureza em cidade da Bahia

A falta de respeito ao meio-ambiente continua surpreendendo quem se pré-ocupa com a ecologia. Por mais que se tente conscientizar as pessoas, por mais que se discutam as questões ambientais no Brasil e no mundo, por mais que a mídia mostre diariamente os problemas causados pelo descaso ecológico, ainda tem gente que não enxerga os perigos a que estamos expostos e comete mais crimes contra a natureza.
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Saiu no jornal A Tarde de 22/01/2011

Uma equipe da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Smarh), de Lauro de Freitas, flagrou, na noite de ontem, o descarte ilegal de detritos e dejetos no Rio Ipitanga, feito pela Litoral Limpeza Industrial, que foi embargada e embargada por crime ambiental. O despejo era realizado cerca de vinte vezes ao dia, por pelo menos quatro caminhões.

Os veículos foram lacrados pela Polícia Militar e um inquérito foi aberto pela 23ª CP (Lauro de Freitas). “Acredita-se que o descarte seja feito, também, em outro local”, afirmou o secretário do Meio Ambiente do município, Vidigal Cafezeiro.

Em 2009, a empresa foi autuada pelo mesmo crime e multada em R$ 50 mil. O Impitanga é afluente do Rio Joanes. Em dezembro o Instituto do Meio Ambiente (IMA) registrou 45 mil unidades de coliformes fecais por 100 ml de água do rio.


Fonte: Jornal A Tarde

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Presidente do IBAMA pede exoneração

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio-ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Abelardo Bayma, pediu exoneração do cargo por estar em desacordo com a emissão da licença definitiva para a implantação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que pode ser construída no rio Xingu, no Pará. No seu comunicado à ministra do Meio Ambiente Bayma alegou motivos pessoais para o pedido de demissão, mas comentou com amigos que o verdadeiro motivo foi o fato de ter sofrido pressões da diretoria da Eletronorte para emitir a licença para a implantação da usina. Funcionário de carreira da autarquia, Abelaro estava no cargo desde abril de 2010.

Nas últimas reuniões que teve com diretoria da Eletronorte, Abelardo Bayma negou a emissão da licença definitiva para a construção da usina. Ele argumentou que pendências ambientais impediam o órgão de emitir o documento. Abelardo disse ainda que o IBAMA poderia emitir a licença somente para a instalação, mas não a definitiva. Belo Monte já criou outros problema administrativos. Foi um dos motivos que levou ao pedido de demissão da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva que também discordava da implantação da usina alegando que a obra causará fortes danos ambientais na região com o alagamento de uma área de aproximadamente 500 km2.

A Amazônia possui atualmente 115 usinas termoelétricas (13 em Manaus que consomem quase 1 bilhão de litros de óleo diesel por ano) e em 2008 já emitia cerca de 3,97 milhões de toneladas anuais de dióxido de carbono, quase 40% mais que os seis últimos anos anteriores, estimando um custo de R$ 2,4 bilhões em 2009 podendo a chegar este ano a R$ 4,7 bilhões. Esses dados foram divulgados no Fórum de Mudanças Climáticas do Amazonas (O Eco, 29/11).

Está na hora, ou melhor, já passou da hora de se pensar em modelos alternativos de geração de energia como a captação de energia solar ou eólica. Duas formas de energia limpa sem agressão ao meio-ambiente e que podem suprir as necessidades energéticas do país em até 20% até 2020. Muito além do 1,3% de hoje e gerando cerca de 8 milhões de novos empregos. Absorvendo muito mais mão-de-obra do que poderiam as hidrelétricas. Geração de energia com sustentabilidade; o mundo clama por iniciativas como estas.



Assista ao video

 

Fonte: Avaaz.org

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Em 2016, Brasil dirá adeus às lâmpadas incandescentes

Uma bo notícia para quem se preocupa com a economia de energia no planeta. O Brasil sai na frente e decide acabar, de vez, com a lâmpada incandecente; aquela antiga, à base de filamento de tungstênio e que consome uma energia danada.

Podemos comemorar mais uma iniciativa em prol da economia de energia no mundo. Afinal convivemos com esse dispositivo de iluminação, esbanjador de energia, durante muitos anos e já estava na hora disso acabar. Temos lâmpadas de grande eficiência no mercado, que substituem de forma superior as incandecentes, portanto vamos ao que interessa.

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Onde você estará em 2016? Talvez vendo seu filho nascer, ou comandando uma empresa gigantesca, ou simplesmente terminando a faculdade. Você também pode virar artista, mendigo, maluco, ou as três coisas de uma vez. Tudo é imprevisível, mas uma coisa nós sabemos: você estará aposentando de vez as lâmpadas incandescentes de sua casa – se você ainda morar no Brasil, ou tiver uma casa para morar e tal.

A medida, publicada no Diário Oficial da União, visa diminuir o consumo de energia pelas clássicas e quentes lâmpadas amarelas. Com o surgimento de opções mais econômicas – e por enquanto mais caras – no mercado, a lâmpada incandescente ainda representa 80% da iluminação das casas brasileiras. Com a substituição total por lâmpadas fluorescentes, a estimativa é que o país economize 10 terawatts por hora até 2030. Viu, vale a pena.

Ainda sobre as amarelinhas, se até 2016 nenhuma solução econômica surja, as lâmpadas incandescentes serão completamente banidas do mercado brasileiro. Prevejo o fim das casas amareladas – toda e qualquer casa do Brasil terá um clima de hospital.

Fonte: UOL/Gizmodo

sábado, 1 de janeiro de 2011

Só para descontrair no começo de 2011

Semeando a discórdia
                                                           
E ele chegou calmo, sorrateiro, com aquele jeito jocoso de andar. Um jeito malandro mesmo. Pelos cinzentos escuros com listras de uma tonalidade cinza mais clara, a cabeça meio inclinada, com a orelha esquerda pendendo um pouco para baixo, malandro sim; andando enviesado, calado, naquela rua em que um silêncio sepulcral reinava absoluto. Silêncio.

Descendo a leve ladeira que contorna a praça com um lindo jardim com árvores, flores, e o solo revestido de amendoim forrageiro, onde a brisa da noite fazia as folhas e os galhos cantarem quebrando aquele silêncio.

E ele continuou a sua jornada em volta do jardim, lentamente. O silêncio continuava e nada acontecia para acabar com aquela tranquilidade. Os moradores em suas casas, naturalmente assistindo à novela das oito e nem as crianças brincavam no jardim, coisa que costumavam fazer cotidianamente.

E ele rodeando a praça, calado, andar enviesado e... parou em frente à minha varanda de onde eu o observava acreditando que ale iria aprontar alguma coisa. Olhou-me como se me cumprimentasse e seguiu seu caminho, tranquilo...

Mais adiante, parou outra vez em frente à garagem do último prédio no fim da volta do jardim, esperou um pouco e, sem mais nem menos, começou a latir desesperadamente para o outro que estava dentro do prédio e que ele nem mesmo podia ver. O outro, claro, preso em casa, indignado, revidou com latidos ainda mais fortes que os do oponente.

Como se não faltasse, depois daquele ultraje, o resto da cambada perdeu as estribeiras e danou a latir sem interrupção por longos 15 minutos para o desespero dos moradores que perderam a paz durante aqueles poucos minutos que mais pareceram uma eternidade dada a confusão criada pelo inesperado visitante.

Após criar aquela confusão o causador parou de latir, seguiu seu caminho calmamente, deixando aquela balbúrdia instalada, foi-se embora mostrando que apareceu ali apenas para semear a discórdia e que, acredito, deve ter ido alucinar semelhantes em outras paragens.