sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O XIXI PODE SER UM CAOS

Creio que a preocupação com a limpeza e a higiene de uma cidade, também é se preocupar com o meio-ambiente. Portanto, vamos refletir.

Salvador. Capital do estado da Bahia, terceira maior cidade – em termos populacionais – do Brasil. Terra da alegria, do maior Carnaval do mundo, contemplada com a praia considerada a mais bela do mundo, porém cidade altamente desprovida de algo indispensável à qualidade de vida: limpeza, higiene.

Os meios de comunicação e o estado alardeiam para todos os cantos do planeta que Salvador é a cidade perfeita para receber turistas de qualquer parte e convidam com propagandas de uma cidade na qual, sinceramente, eu gostaria de viver, se ela realmente existisse, mas não é o caso. O soteroplolitano não consegue vislumbrar a Salvador das propagandas oficiais.

Aonde quero chegar? Na falta de educação de alguns nativos da nossa querida cidade. Aqueles que, sem a mínima cerimônia, param na rua para satisfazer à necessidade fisiológica mais simples. É!... É a número um mesmo. Não é raro nos depararmos com essas tristes figuras paradas atrás de um poste, ao lado do carro – quase sempre um taxi –, virados para um muro, um poste – só faltando levantar a perninha, com um cachorro – e pasmem, já vi um virado para rua, sem nenhum pudor e de dia! Incrível, né? E olhe que o nosso querido prefeito, João Henrique, enviou um decreto de lei à Câmara de Vereadores, que institui multa para quem for flagrado no ato de aliviar a bexiga no meio da rua. Será que funciona? Sei não... Sem fiscalização...

O ato de despejar o líquido composto de ácido úrico, ureia, sal etc. pelas ruas não é grande novidade. É histórico. Desde criança aprendemos a “celebrar” este ritual. Claro que não se pode generalizar. Muitos foram acostumados, desde novinhos, a se aliviar em qualquer lugar como se fosse normal, bobagem. Claro que para um animal, digo o irracional, é normalíssimo, mas para os racionais e ditos “civilizados”, nem tanto. É uma questão educacional e de consciência. Vê-se nas ruas e já presenciei inúmeras vezes, mães pondo seus rebentos para fazer xixi na beira da calçada, no passeio, no poste, no muro, na balaustrada, como se ali fosse extensão do sanitário de casa. Incrível, a própria mãe. Muitos, conscientes, cresceram e aprenderam que não é educado aliviar-se no meio da rua, mas outros continuam, “displicentemente”, a urinar palas praças, avenidas, pelos becos... Em qualquer lugar mesmo.

Uma “displicência” igual à de muitos que morrem, acredito que por prazer. Sim, ao atravessar a rua, por exemplo. Saem andando, sem olhar para os lados, como se o corpo tivesse a proteção própria de um tanque de guerra. Capaz de resistir ao impacto de um carro em alta velocidade. E, diga-se de passagem, não fomos criados nem para andar assim. Um atleta olímpico pode atingir, no máximo, até 36 km/h. A tecnologia é que nos faz capazes de, mesmo parados, atingir altas velocidades. Mas a displicência de alguns pode causar sérios problemas para outros. Conclusão: menos displicência, mais atenção nas ruas, tanto para atravessar, com para lembrar que tem outras pessoas passando quando se estiver fazendo xixi a céu aberto. Não espere ficar “apertado” procure um local propício para aliviar-se.

Bem, pode parecer chato falar, mas é sério. É feio fazer xixi na rua. De uma falta de educação sem tamanho. Sei que a cidade não dispõe de sanitários públicos em número satisfatório, mas vamos aliviar Salvador desse mau cheiro que toma conta de muitos, muitos locais.

Lembrei agora das cidades Sodoma e Gomorra. Lá a esculhambação era tanta, que o Criador, por não aguentar tanta imoralidade, resolveu destruí-las. Bem, claro, isso é passado e muito distante. Esse fato se deu em junho de 3.123 a.C, pelo calendário Juliano. Faz tempo, heim? Se bem que arqueólogos não encontraram evidências significativas da existência dessas cidades. Possivelmente o trabalho realizado pelos Anjos da Morte deve ter sido de uma competência devastadora.

Mas não vamos temer o Poder Divino, pelo menos por enquanto. Acredito que a “bela” Salvador tem solução. Bastam um pouco mais de educação, cooperação e uma administração competente e, acredito, possamos enxergar uma cidade limpa e bem mais feliz.