quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Equivale a quase 100 campos de futebol a área destruida por incêndio no Parque do Descobrimento

A hipótese mais provável é de que o incêncio tenha sido provocado por caçadores.

100 hectares, quase 100 campos de futebo juntos. É o resultado dos cálculos feitos pelo Corpo de Bombeiros, da área queimada em um incêndio que começou na última segunda-feira, 7, no Parque Nacional do Descobrimento, em Prado, a 794 Km de Salvador, extremo sul da Bahia.

De acordo com o capitão Elber Viana, da corporação que combete o incêndio, as chamas diminuiram de intensidade, mas ainda há focos a serem debelados. Os bombeiros estão contando com a ajuda de 70 brigadistas oferecidos pelas indústrias de celulose. Existe a possibilidade de se pedir auxílio à corporação de Salvador. Ainda são desconhecidas as causas da tragédia, porém a hipótese mais provável é de que o incêncio tenha sido provocado por caçadores.

Tácnicos do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), órgão que adminstra o local, vão sobrevoar a área e verificar o prejuízo. Vão ser utilizados dois tratores para isolar a área para impedir que as chamas se propaguem pelo parque que é considerado um dos mais importantes trechos da Mata Atlântica no nordeste Brasileiro. Lá existe uma grande diversidade da flora e da fauna que tem muitas espécies em extinção. O parque foi criado em 1999 e possui uma área de 21.213 hectares.

domingo, 29 de novembro de 2009

Gases de efeito estufa: nível recorde

Desde a era pré-industrial, o dióxido de carbono (CO2) gás que provoca o efeito estufa, cresce em concentração na atmosfera. E desde lá, as concentrações de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, que permanecem por mais tempo na atmosfera, atingiram taxas recordes a partir do século 18. É o que revela uma pesquisa divulgada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), na última segunda-feira, 23.

O aumento na força radioativa provocada por esses gases chegou a 26% desde 1990. E só entre 2007 e 2008, a alta foi de 1,3%. Os gases de efeito estufa bloqueiam a radiação e provocam o aquecimento na atmosfera terrestre. Só o dióxido de carbono, o mais importante gás emitido por seres humanos, foi responsável por um aumento de 86% na força radioativa da Terra entre 2003 e 2008 – o equivalente a quatro vezes superior a qualquer outra emissão combinada. Desde 1750, a presença de dióxido de carbono na atmosfera cresceu 38%. O cultivo agrícola de arroz, os aterros e a combustão de biomassa são os principais responsáveis por esse fenômeno, já que provocaram um aumento de 18% de gás metano, que vinha se mantendo estável por sete anos. A queima de combustíveis fósseis e a agricultura são tidas como são o que mais contribui para o aquecimento global e, como consequência, pelas mudanças climáticas.

O relatório da OMM foi desenvolvido com base na observação de uma rede de estações de pesquisa em mais de 50 países. O boletim divulgado recentemente é o quinto de uma série anual iniciada em 2004, e é apresentado às vésperas da 15ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP-15), que será realizada de 7 a 18 de dezembro, em Copenhague, capital da Dinamarca.

A reunião em solo dinamarquês tem como objetivo fechar um novo acordo global sobre o clima para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. Mais de 60 chefes de Estado e de governo, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, já confirmaram participação na reunião.

Fonte: eco4planet

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Google lança o eco4planet

Atenção meu povo.
Uma grande novidade para os que são preocupados com as questões ecológicas.

A Google lançou um novo site de busca na internet, chamado "eco4planet", com a mesma tecnologia e qualidade de busca. As configurações e o modo de usar são os mesmos, mas o site apresenta como novidades: a cada 50.000 consultas uma árvore será plantada e o número de mudas atingido fica disponivel no portal - A tela tem o fundo preto que, de acordo com o site, economiza 20% da energia do monitor.
A iniciativa é nova e a contagem das árvores já começou desde o mês passado.

http://www.eco4planet.com - É a mesma plataforma do google, as buscas nos 2 sites trarão os mesmos resultados, a diferença está no fundo preto da tela e também na ação desenvolvida pela empresa.

Já é a minha página inicial. Vamos nessa. Afinal, o planeta agradece todas as formas de preservação.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Comissão Especial de Fontes Renováveis de Energia da Câmara aprovou na quarta-feira (21), por unanimidade, o texto do relator Fernando Ferro (PT-PE)

A Comissão Especial de Fontes Renováveis de Energia da Câmara aprovou na quarta-feira (21), por unanimidade, o texto do relator Fernando Ferro (PT-PE). Com isso, avança o que pode um novo marco regulatório, vital para o crescimento do setor de renováveis no Brasil.

A aprovação foi feita em acordo com o deputado Fernando Marroni (PT-RS), que foi contra a taxa de contribuição das termelétricas fósseis para o Fundo Nacional para Pesquisa e Desenvolvimento das Fontes Alternativas Renováveis. De acordo com o relatório, parte desse fundo seria composto por 5% da receita operacional líquida das térmicas, movidas a partir de combustíveis fósseis. O deputado Fernando Ferro concordou em reduzir esta taxa para 2%.

O próximo passo da comissão é apresentar uma nova versão do relatório, com a incorporação dessa e outras alterações. Os deputados da comissão podem então entrar com recurso solicitando a votação em plenário. Em caso negativo, a proposta – que tem caráter conclusivo - segue diretamente para o Senado.

Os principais pontos do relatório referem-se ao direito de distribuir energia gerada por parques eólicos, usinas a biomassa ou painéis fotovoltaicos conectados à rede ou em comunidades isoladas. O texto garante aos geradores o direito de vender sua energia às concessionárias por meio de contratos de longo prazo, o que dá um mínimo de segurança aos investimentos em geração renovável. Outro ponto importante é a isenção de pagamento de tarifas de transmissão destes empreendimentos, o que reduz os custos finais para o gerador.

O incentivo ao uso de aquecimento solares em casas, previsto na lei, embute um estímulo à eficiência energética, por garantir a redução da tarifa de eletricidade das residências que instalarem os coletores, além da economia na conta de luz pela redução no uso do chuveiro. Ferro também propõe a criação de um fundo para a pesquisa e desenvolvimento de energias renováveis, essenciais para a capacitação tecnológica e técnica do país e a produção de equipamentos renováveis adaptados para melhor aproveitarem o potencial nacional das energias renováveis.


Fonte: Greenpeace

Pedal verde: pedalando e plantando

Ciclistas se unem para levar mais verde para São Paulo. Na garupa de suas bicicletas, eles levam mudas de árvores e plantam pela cidade, em parques e praças

A união entre ecologia e bem estar físico resultou no projeto Pedal Verde. Um grupo de ciclistas, que já se reunia todo mês para pedalar por São Paulo, descobriu que a bicicleta podia ser mais do que meio de transporte. Em parceria com a prefeitura e a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, o Pedal Verde reúne voluntários que, todo último domingo do mês, atravessam a cidade com mudas na garupa e plantam árvores em parques e praças.

Fonte: Globo Rural

Vamos lá, Salvador. Grupos que organizam passeios ciclísticos por nossa cidade, vamos seguir esse exemplo e dar uma força à capital baiana, antes que as coisas piorem, como aconteceu em SAMPA. Aproveitemos enquanto é tempo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Agroflorestas: solução sustentável para o campo

O uso do fogo, como prática de preparo da terra, é comum em nosso País, apesar de ser um tipo de manejo extremamente inadequado. Tal prática diminui a fertilidade do solo, pois altera o balanço de nutrientes necessários para o crescimento das plantas e aniquila os microorganismos que processam a matéria orgânica. O uso do fogo e a criação de animais em áreas abertas contribuem para a degradação da caatinga nordestina. É óbvio que caso medidas preventivas não sejam tomadas, ocorrerá o empobrecimento total do solo, tornando a terra cultivável totalmente improdutiva. Conseqüentemente, a própria sobrevivência do homem do campo será comprometida.

Felizmente há alternativas. O cultivo em agrofloresta é uma delas. Essa prática consiste na utilização integrada da terra para cultivos de grãos, criação de animais e preservação da vegetação nativa. Desse modo, representa uma importante alternativa econômica sustentável para a região semi-árida, pois com o manejo adequado, o agricultor além de obter mais renda, contribuirá para a preservação da natureza. Nos sistemas agroflorestais, o cultivo pode ser feito junto com algumas árvores nativas e plantas de valor forrageiro. Por outro lado, o potencial de pastejo da vegetação nativa da caatinga pode ser melhorado por meio de técnicas de rebaixamento e raleamento da vegetação, além da adequação da quantidade de animais que poderá utilizar uma determinada área, sem que haja pastejo excessivo. Além disso, nesse sistema deve ser mantida uma área com sua vegetação nativa preservada.

O cultivo em sistema de agrofloresta substitui o uso do fogo e permite a manutenção das árvores nativas nas áreas usadas para agricultura. Com isso contribui para a preservação de todo o ecossistema, pois mantém o habitat natural de diversas espécies nativas animais e vegetais. Além do mais, permite manter a fertilidade do solo em níveis mais elevados, o que é vantajoso para o pequeno agricultor que tem dificuldades financeiras para adquirir adubos químicos pelos quais se acrescentam os nutrientes removidos pela ação do cultivo e pastejo. Outras vantagens seriam a diminuição da incidência de pragas, melhor aproveitamento da água das chuvas, por meio da manutenção da capacidade de infiltração do solo, produção de madeiras e produtos medicinais.

Embora o manejo agroflorestal tenha sido muito estudado e seus benefícios comprovados, a prática ainda é pouco utilizada. Para que isso venha a ocorrer é necessário ampliar a divulgação do método para que os agricultores se conscientizem de suas vantagens a curto, médio e longo prazos e passem a substituir o uso do fogo por essa prática agroflorestal sustentável.

Fonte: Ciência e Saúde

Artigo de IVANILDA AGUIAR. Eengenheira agrônoma e doutoranda em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

domingo, 27 de setembro de 2009

A importância da floresta para o meio ambiente

No Brasil 87% da população vivem em centros urbanos. O clima urbano difere
consideravelmente do ambiente natural. As cidades distanciam-se cada vez mais
da natureza, utilizando materiais como ferro, aço, amianto, vidro, piche, entre
outros. Estes materiais geralmente são refletores e contribuem para a criação de
ilhas ou bolsões de calor nas cidades. Em função disso, o clima é semelhante ao
do deserto, quente e seco durante o dia e frio durante a noite.

A impermeabilização dos solos causa grandes problemas também na medida que
evitam ou impedem a infiltração da água, forçando-a para a calha dos rios, muitas
vezes criando enchentes, já que os rios não conseguem absorver um volume tão
grande de água num curto espaço de tempo.

Leia mais

Fonte: Embrapa Meio Ambiente

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Árvore

Estamos comemorando, hoje, o Dia Nacional da Árvore. Mas será que temos mesmo o que comemorar? Será que nós, seres humanos, tão compenetrados como "cidadãos", tão “evoluídos”, capazes de dominar altas tecnologias... Tecnologias criadas para o nosso bem estar, mas que não têm lá muita preocupação com o que nos dá a condição da vida, a Natureza, estamos todos mesmo preocupados com isso?

As árvores nos dão o ar que respiramos, pois sem elas não o estaríamos respirando, ainda livre de muita poluição. Pois é, elas são o nosso purificador de ar, são elas que, através da fotossíntese, enchem a atmosfera de oxigênio, indispensável à vida.

Mas, sem ressentimentos, podemos ainda nos redimir dessas mazelas que vamos deixando pelo caminho da vida. Podemos parar de cortar árvores com tanta ganância, plantar mais, cuidar mais, preservar mais. A natureza agradece e, com certeza, nos ofertará muito mais bem estar, pois mãe é assim; não tem ressentimentos, perdoa sempre, acarinha sempre, dá sempre e sem pedir nada em troca, mas se a destruímos o que teremos no futuro?

Fica aqui essa humilde reflexão, alertando para que, preservando o meio ambiente, possamos usufruir do nosso planeta as benesses que porventura mereçamos se esse imenso organismo vivo, que ele é, não continuar a ser atacado pelas violentas "bactérias" que dele se alimentam e nele vivem.

Que mais um dia da árvore não seja apenas um dia para a mídia simplesmente dizer que ele existe, mas para acordarmos todos para o perigo que vem por aí, caso não mudemos a nossa forma de explorar o planeta Terra, caso não mudemos as nossas atitudes. Tá na hora minha gente. Vamos preservar a nossa biosfera antes que seja tarde demais.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Conama muda critérios e reduz obrigatoriedade de reciclagem de pneus

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) modificou os critérios para recolhimento de pneus sem possibilidade de reuso, obrigando os fabricantes a recolherem um unidade a cada comercializada, subsituindo, assim, o texto anterior, que dizia que para cada quatro unidades importadas ou fabricadas, cinco deveriam ser encaminhadas para um destino que não agrida o meio ambiente.

Além disso, a nova resolução determina que os fabricantes e importadores implementem pelo menos um ponto de coleta em todos o município com mais de 100 mil habitantes no prazo de um ano. Eles também devem informar a localização de pontos regionais que sirvam para todos os 5.564 municípios brasileiros.

O novo texto foi aprovada em reunião do Conama no dia 3 de setembro e deve entrar em vigor assim que for analisada pelo departamento jurídico do órgão e publicada no Diário Oficial, o que acontecerá no início de outubro, apurou a Revista Sustentabilidade.

Segundo técnicos do MMA, a mudança para calcular o recolhimento pelo número de pneus comercializados visa permitir a retirada das peças que de fato chegam a ser usadas. O cálculo anterior, que era baseado em números de unidades fabricadas ou importadas, gerava custos desnecessários para a implementação de um sistema coleta de pneus descartados e refletia as políticas de estoque das empresas, já que nem todos os pneus fabricados são comercializados imediatamente.

O recolhimento se dará, obrigatoriamente, no momento em que o consumidor estiver fazendo a troca de um pneu usado por um novo, sem qualquer custo adicional para o cliente.

Os fabricantes e importadores devem elaborar um plano de gerenciamento de coleta, armazenamento e destinação dos pneus e comprová-lo junto ao Cadastro Técnico Federal (CTF).

CIDADES MAIORES
Segundo dados da Recicalnip, entidade que é mantida pelos fabricantes de pneus e que coordena a reciclagem dos produtos descartados, em 2008 existiam cerca de 340 pontos de coleta no país, mas o Conama apurou que a maioria das cidades de 100 mil habitantes ou mais não os tinham.
Por isso, ficou determinado que as cidades de mais de 100 mil habitantes teriam que ter pelo menos um ponto.

As discussões para a revisão da norma tiveram início em 2005. O texto aprovado (com emendas) foi originalmente concebido de forma consensual entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a ONG Planeta Verde, Ibama e o Ministério do Meio Ambiente.

Fonte: Revista Sustentabilidade

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Desastre ambiental mata peixes na região metropolitana de Salvador

Mais uma vez a população ribeirinha é prejudicada pela irresponsabilidade

A área atingida pela mortandade de peixes vai do distrito de Passé, a 60 km de Salvador, no município de Candeias, até Ilha de maré. Os pescadores da colônia local estimam já ter recolhido 400 kg de mariscos e peixes como arraias e robalos.

Em um passeio pelo rio São Paulinho é possível encontrar filhotes de peixes boiando próximo ás margens da vegetação do mangue. É no rio que os peixes costumam vir do mar para desovar. De acordo com os moradores de Passé, as mortes estão relacionadas a resíduos de uma indústria química, despejados através de uma tubulação que termina na beira do rio. Segundo os pescadores, vão ser necessários de seis meses a um ano para que o meio-ambiente se recomponha e os peixes e mariscos voltem em abundância.

O Instituto do Meio Ambiente (IMA), coletou a água e peixes do rio para exames. Enquanto isso os pescadores e marisqueiras ficam sem trabalho e sem ter como se manter, já que seu meio de subsistência é a pesca.


Emocionada, dona Clarice, moradora de Passé, marisqueira a 40 anos, faz uma previsão do que pode acontecer se providências não forem tomadas de imediato: “os pescadores, coitados, pescam tudo aí dentro do rio. Agora o que será da gente aqui, marisco não pode comer, peixe não pode comer, vai comer o quê, sem ter dinheiro pra comprar nada”?

O governo do estado está cadastrando as famílias atingidas pelo desastre e distribuindo cestas básicas até que a situação se normalize.

domingo, 23 de agosto de 2009

Crime contra uma espécie. E não se pensa em alternativas


Entidade de SP promete ação para evitar morte de galos

Presidente do Instituto paulista diz que Ibama do Piauí pode cometer crime ambiental.

O presidente do Instituto Brasileiro de Ecologia e Meio Ambiente, Valdecy Martins, afirmou hoje (19) em entrevista por telefone ao Jornal do Piauí, direto de São Paulo, que se o Ibama sacrificar os 140 galos de briga apreendidos em rinha na Cerâmica Cil, ele irá fazer denúncia contra o órgão no Ministério Público.

"O Romildo (Mafra, superintendente do Ibama no Piauí) parece não estar buscando alternativas e o que o Ibama está querendo fazer, além de abuso, é mal trato. Isso é proibido pela Lei Federal Nº 9.605", afirma Martins, que declara ser crime matar os galos de briga.

Valdecy Martins alega que existem outros recursos alternativos. "É só colocar a cabeça para pensar e trabalhar. O Decreto Federal nº 6514 determina multa de R$ 500 a R$ 3 mil para quem cometer abuso, que o Ibama está cometendo, ou maus-tratos, que o Ibama também está cometendo", declara o presidente.

Ele reitera que o Instituto no Piauí tem o dever de encontar uma solução e não simplesmente eliminar os animais, se eximindo do problema. "Então não tem o porque da apreensão. Se a rinha é crime devido os maus tratos, o extermínio é o quê?", questiona Valdecy Martins.

As soluções que ele dá para o impasse é que o Ibama procure áreas remotas onde tenha vegetação e solte os animais. "Pode até mesmo ser uma chácara. Exterminar é inadmissível e intolerável para um órgão público que deve preservar. Ele tem que dar o exemplo", finaliza Martins.

Fonte: Cidadeverde.com

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ex-ministra Marina Silva deixa o PT


Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, informou hoje sua saída do Partido dos Trabalhadores (PT), e mostrou a possibilidade de aceitar a candidatura à Presidência que oferecida pelo Partido Verde (PV) para 2010.

“Aos 16 anos, quando decidi sair da minha casa para ir à cidade e estudar, tinha um sonho e agora recorro a essa história para dar a dimensão do que significa sair do PT após 30 anos", disse em coletiva de imprensa.

A senadora Marina Silva e ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008, é uma das mais conhecidas ecologistas brasileiras no mundo e um dos mais importantes companheiros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na fundação do PT, em 1980.

"Este gesto não supõe renunciar a sonhos construídos no PT, se trata de semear em outros campos, pois a luta (pelo meio ambiente) não é de um partido, deve ser de todos os partidos, das empresas, da comunidade científica e, sobretudo, dos movimentos sociais", afirmou.

"É o momento de anunciar minha saída do PT", declarou a senadora, além de afirmar que mantém contatos com o Partido Verde.

A senadora não definiu se vai se filiar ao PV, porém deixou no ar que essa deve ser a linha a ser trilhada de agora em diante, ou seja, aceitar a candidatura presidencial para o próximo ano por esse partido que comunga com os seus ideais relativos ao meio ambiente.

Seguidora de Chico Mendes, Marina Silva, de 51 anos, entrou na política nos sindicatos da borracha do Acre, sua terra natal, um dos primeiros nortistas que se dedicaram à denuncia da destruição da Região Amazônica.

Um dos fundadores do PT, Chico Mendes foi assassinado em dezembro de 1988 em uma emboscada montada por madeireiros e latifundiários que eram acusados por ele de devastar a floresta.

Marina Silva foi anunciada como Ministra do Meio Ambiente, ainda em 2002, pelo presidente Lula, antes da posse. Após o anúncio, Lula afirmou: "o primeiro sinal que transmito ao mundo é que a Amazônia agora será tratada de forma diferente e é minha a decisão de pedir à companheira Marina Silva que se encarregue da política ambiental".

Mas as pressões para o “desenvolvimento” da Amazônia e os planos para a construção de hidrelétricas na região, desgastaram Marina que acabou renunciando ao cargo em 13 de maio de 2008, pois não concordava com as ideias da Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de que a Amazônia não podia ser o “Santuário Verde” defendido por ela tanto sempre lutou.

Segundo uma pesquisa divulgada no fim de semana passado, Rousseff tem hoje o 16% de intenções de voto, contra 3% de Marina Silva, enquanto o favorito continua sendo o opositor José Serra, governador de São Paulo, com 37%.

Segundo a imprensa, o cantor, compositor e ex-ministro Gilberto Gil, vê a possibilidade de da candidatura como vice, na chapa de Marina Silva.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Abramovay: Possível candidatura de Marina Silva abre caminho para virar a mesa a favor da nova economia


A possível candidatura da senadora Marina Silva (PT-AC) à Presidência da República abre o caminho para se discutir o desenvolvimento econômico e a inovação tecnológica voltados para a preservação dos recursos naturais, eficiência energética e novos padrões de consumo, disse Ricardo Abramovay, economista da Universidade de São Paulo (USP), durante debate sobre a nova economia verde promovido pelo Banco Itaú Unibanco.

"A [possível] candidatura da Marina trouxe novidades que nenhum dos principais partidos estavam prevendo no cenário político", disse o pesquisador.

Segundo ele, o espaço aberto pela ex-ministra do Meio Ambiente e ativista ambiental introduz no debate político, de forma mais evidente, os problemas ambientais causado pela lógica econômica ortodoxa, para a qual os recursos naturais são infinitos.

"Os processos de gestão nas empresas precisam mudar", disse "É ficção científica que a economia é um ciclo fechado."

Abramovay explicou que, com o crescimento da renda e da eficiência do setor produtivo, a economia agora está ocupando todo o espaço do meio ambiente, consumindo os recursos naturais numa velocidade maior do que sua reposição. Para ele, é preciso que todos o atores sociais pensem em mudar o modelo econômico para permitir a reprodução do meio-ambiente.

Também afirma que um dos caminhos é a inovação, por possibilitar mudanças enormes, tanto no que diz respeito aos novos produtos, quanto aos processos. O outro caminho possível é por meio de mudanças nos padrões de consumo, tanto de energia, quanto de bens duráveis e não duráveis.

"A inovação tecnológica não é mais o aço," lembrou. "A era do petróleo não vai acabar por falta de petróleo, como a era da pedra não acabou por falta de pedra. Ela vai acabar porque as alternativas ao uso destes recursos vão abrir horizontes para a inovação, com mudanças que a gente não pode nem imaginar ainda."

Um dos possíveis caminhos para a inovação, além da busca por eficiência energética, vai ser o da biomimética. pela qual os designers estudam animais e plantas para reproduzir suas funções e sistemas.

Mas, segundo o pesqusiador, a mudança terá que se dar no âmbito político, pois existem muitas forças que querem manter o sistema atual, já que ele traz ganhos financeiros satisfatórios para alguns.

"As instituições atuais são avessas à organização do mundo em outros padrões", disse. "O meio-ambiente continua sendo uma externalidade para o governo e para as empresas."


Fonte: Revista Sustentabilidade

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Mostra em Portugal aposta em design e meio ambiente para mudar hábitos

Design, ecologia e crítica social caminham de mãos dadas na exposição Remade Portugal, projeto do qual o Brasil faz parte e que reúne em Lisboa mais de 30 objetos de uso cotidiano elaborados a partir de materiais reciclados.

Móveis, cobertores, roupas, lâmpadas e inclusive gaiolas para pássaros são só algumas das peças expostas sob o lema "A um passo do sonho", que aposta em que outro mundo é possível.

Esta ideia defende um modelo de vida sustentável e um consumo responsável que ajudem a relançar a economia sem prejudicar o futuro do planeta.

O objetivo do design ecológico é conseguir uma mudança de comportamento nos hábitos cotidianos da sociedade, conforme explicam os organizadores, e afasta de modismos.

A maioria destes objetos tem um preço alto, já que seu uso não está generalizado.

Desde o começo da Remade Portugal, há três anos, já foram criadas 105 peças de design ecológico e a metade conseguiu ser vendida.


Fonte: Último Segundo

Repassando um pouco sobre o Protocolo de kyoto

Protocolo de Kyoto

O protocolo da cidade de Kyoto, assinado em 1997 no Japão, ganhou notoriedade porque foi a primeira vez que se realizou um acordo internacional no sentido de comprometer as nações industrializadas a reduzir suas emissões de gases estufa. Ele estabelece que entre 2008 e 2012 os países desenvolvidos reduzam as emissões em 5,2% em relação aos níveis de 1990. Vale ressaltar que os EUA e a Austrália se recusaram a ratificar o protocolo, alegando que a redução das emissões comprometeria suas economias.





















Países em desenvolvimento, como Brasil, Índia e China, não têm metas obrigatórias, embora sejam reconhecidos atualmente como grandes emissores. O Brasil, por exemplo, é o quarto maior emissor de gases estufa do planeta devido às queimadas na floresta amazônica. Embora tenha sido uma importante iniciativa, o protocolo de Kyoto se mostra insuficiente hoje em dia frente ao tamanho do problema do Aquecimento Global. Passaram-se dez anos desde que o acordo foi firmado, mas o que vemos atualmente são ações ainda muito tímidas e uma grande resistência em se estabelecer metas mais ousadas.

A realidade atual é mais preocupante do que na década de 90 porque as emissões de gases estão aumentando ao invés de diminuir. De acordo com a Agência de Avaliação Ambiental da Holanda, a China conseguiu superar os Estados Unidos como maior produtor de dióxido de carbono do mundo em 2006 tendo como principais motivos a queima de carvão para gerar energia e a produção de cimento.

A agência holandesa informa ainda que os países do G8 (os oito países mais ricos do planeta) contabilizam atualmente mais de 80% das emissões históricas dos gases estufa e emitem 40% de todo o CO2 lançado à atmosfera.

O que se percebe é que o problema é grave e exige ações à altura para superá-lo. Mas não é isso o que acontece atualmente. Basta lembrar a reação da China e dos EUA quando os relatórios do IPCC foram divulgados este ano para entender que ainda estamos engatinhando quando o assunto é responsabilidade. Os representantes destes países, sobretudo dos EUA, pressionaram fortemente no sentido de rever as metas de emissões e de não ser tão categórico ao responsabilizar o Homem como causador do Aquecimento Global no último século.

O ponto de vista defendido pelo governo estadunidense afirma que o Aquecimento Global já é um fato consumado e que não resta muito a fazer, cabe à humanidade se adaptar aos seus efeitos. É por conta desta visão que os EUA se recusaram a ratificar o protocolo de Kyoto e oferecem tanta resistência quando se fala em reduzir a emissão de gases estufa.

Por estas e outras razões, o acordo realizado em Kyoto em 1997, se mostra ultrapassado e precisa ser revisto, aperfeiçoado. O que há, por enquanto, são apenas especulações e nada mais além disso. Os relatórios produzidos pelo IPCC oferecem informações indispensáveis para combater o Aquecimento Global. O que é necessário a partir de agora são ações concretas e vontade política para enfrentar este problema que certamente atingirá boa parte da população mundial.

Leia o Protocolo na íntegra.


Fonte: Climatempo - Meio Ambiente

domingo, 9 de agosto de 2009

Turismo sem cuidado ameaça Lençóis Maranhenses

Um dos roteiros turísticos mais bonitos do Brasil - o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses - sofre com a falta de fiscalização.

Um dos roteiros turísticos mais bonitos do Brasil - o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses - sofre com a falta de fiscalização.

De qualquer ângulo o que se vê é uma imensidão de areia. É o maior deserto brasileiro. 155 mil hectares de dunas. O tam
anho da cidade de São Paulo.

O Parque Nacional dos Lençóis maranhenses foi criado 28 anos atrás. O plano de manejo proíbe criação de animais, mas estima-se que 12 mil cabeças de gado
estejam dentro e no entorno do parque.

Sem pontos de coleta de lixo, banheiros, estrutura para receber o turista, quem vem se diverte e deixa pra trás muita sujeira.

Circular sobre as dunas também é proibido, mas a regra é ig
norada por algumas empresas de turismo e por quem tem caminhonete com tração nas quatro rodas.

Os quadriciclos são ainda mais ameaçadores. Não respeitam trilha, entram em qualquer lugar. Viraram um perigo para os ninhos e os filhotes de aves que se reproduzem e se alimentam no parque.


“Os animais dependem da alimentação, depende de local de moradia, de pro os seus ovos, no caso das aves, e quando você perturba este ambiente, no turismo desordenado como está, você pode levar à extinção de várias espécies”, explica José Maria Maia Filho, biólogo UFMA.

Dentro do Parque Nacional foram construídos dois postos de fiscalização do Ibama. Eles deveriam estar cuidando da fiscalização, monitorando os visitantes que entram no parque. Mas eles não funcionam, foram desativados em 2006. Agora - no lugar dos fiscais – trabalhar apenas um segurança vigia o prédio pra evitar que ele seja destruído.


Em 2006 o Ibama deixou de cuidar do parque, a responsabilidade passou para o Instituto Chico Mendes.


Atualmente os funcionários do Instituto trabalham numa casa alugada em Barreirinhas. Vivem quase sem nenhuma estrutura, carro quebrado, lancha parada.


“A gente tem muitas dificuldades. Nós precisamos aumentar o efetivo de fiscais, buscar melhorar a estrutura de veículos pra poder está dentro do parque", explica Carolina Alvite, do Parque Nacional Lençóis Maranhenses.

À beira do Rio Preguiças - ao longo dos últimos anos - políticos e empresários ergueram mansões numa área que deveria ser protegida. Ações na Justiça federal pedem a demolição das casas.

"Essa falta de fiscalização deixa o parque numa figura de papel, é necessário que o estado ofereça uma fiscalização adequada de fiscalização para a região", afirma Alexandre Soares, Procurador da República- MA
.


Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Mercado de Carbono deve defender espécies ameaçadas

Em documento divulgado na Alemanha, cientistas do Brasil e de diversos países destacam que espécies ameaçadas devem fazer parte do comércio internacional de carbono e dos esforços para combater o aquecimento global.

Em reunião na semana passada na Alemanha, a Associação de Biologia Tropical e Conservação e a Sociedade de Ecologia Tropical divulgaram a Declaração de Marburg, que destaca diversos problemas sérios nas atuais medidas em andamento para tentar combater o aquecimento global e a devastação de florestas tropicais.

Entre os principais pontos do documento, está a conservação da biodiversidade como parte dos esforços para minimizar a redução das emissões de carbono. Esse ponto, segundo o texto, precisaria ser considerado como uma das prioridades durante as negociações da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Copenhague, na Dinamarca, de 7 a 18 de dezembro.

O manifesto também pede que grupos de conservação não-governamentais promovam estratégias, apoiadas por financiamento privado, para aumentar a competitividade dos créditos de carbono dessas florestas e ecossistemas mais ameaçados.

Fonte: (Agência Envolverde) Abril.com

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Minc lança campanha para reduzir uso de saco plástico

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, esteve hoje no Rio de Janeiro para o lançamento da campanha "Saco é um Saco", iniciativa que tem como um dos objetivos reduzir o uso de casos plásticos. Os supermercados do Rio de Janeiro terão de seis meses a três anos para se adequarem a lei estadual 5.502, sancionada mês passado pelo governador Sérgio Cabral, que determina a substituição das sacolas plásticas usadas para empacotar mercadorias por sacolas retornáveis, de pano ou de fibras.

"Queremos fazer com o saco plástico o que a indústria (do alumínio) fez com as latinhas. O circuito da latinha está completamente organizado: Você está tomando uma cerveja na praia e chega uma pessoa te pede para guardá-la. A latinha nem chega ao chão. Por isso, estamos lançando essa campanha com várias redes de supermercado, tendo o desconto como incentivo inicial para o cliente", afirmou Minc.

A lei diz que os supermercados devem oferecer desconto para quem não usar as sacolas plásticas. Cada cinco itens que forem comprados no supermercado e que forem levados para casa sem o uso dos sacos plásticos valerá um desconto de R$ 0,03. Ou seja, basta que a pessoa leve a sua sacola reciclável para poupar. Além disso, os clientes podem trocar 50 sacos plásticos por um quilo de arroz ou de feijão. Segundo Minc, no fim do mês será feita uma reunião com integrantes da indústria da reciclagem de plástico para que elas ajudem a dar um fim ao material coletado nos supermercados.

A substituição será gradativa, de acordo com o tamanho da rede. As maiores terão até seis meses e as menores até três anos para se adequarem às novas regras. O superintendente executivo da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Sérgio Maturo, disse que representantes do setor devem se reunir ainda este mês com integrantes da Secretaria de Meio Ambiente para tratar dos prazos.

Segundo a secretária Estadual de Meio Ambiente, Marilene Ramos, o Rio de Janeiro saiu à frente no tema com a lei estadual. O local do lançamento da campanha "Saco é um Saco" foi às margens da eco barreira do Canal do Cunha, no complexo de favelas da Maré (zona norte do Rio), construída para impedir que o lixo lançado no rio chegue à baía de Guanabara. Atualmente, o Estado tem oito eco barreiras e, juntas, chegam a reter quase quatro toneladas de garrafas pet e mais três toneladas de plástico.

Fonte: A Tarde Online

domingo, 2 de agosto de 2009

As zonas de pesca do planeta estão em perigo, mas podem ser salvas

As zonas de pesca do planeta estão em perigo, mas podem ser salvas se as autoridades agirem para regular a pesca comercial, afirma um amplo estudo publicado nesta quinta-feira nos Estados Unidos.

Segundo esta pesquisa divulgada na revista Science em um número especial dedicado à ecologia, 63% das reservas estimadas de peixes no mundo precisam ser reconstituídas para evitar o desaparecimento de espécies vulneráveis.

"Em todas as regiões continuamos constatando uma tendência preocupante em relação a uma redução crescente das espécies", afirma o principal autor do estudo, Boris Worm, da Universidade de Dalhousie (Canadá).

"Mas este estudo mostra que nossos oceanos não são uma causa perdida", acrescenta.

De fato, em várias regiões dos Estados Unidos, na Islândia e na Nova Zelândia foram obtidos importantes avanços para reconstituir as reservas devastadas por décadas de pesca excessiva, ao colocarem em andamento estratégias de gestão prudentes.

A metade das 10 zonas de pesca estudadas conseguiram diminuir a taxa de exploração (a proporção de peixes pescados), principal causa da escassez ou desaparecimento dos peixes.

"Isso quer dizer que a gestão dessas zonas abre caminho para um restabelecimento ecológico e econômico", explicou Boris Worm. "É apenas um início, mas isso me dá a esperança de que temos capacidade para controlar a pesca excessiva".

Worm enfatizou, no entanto, que a análise mais vasta feita até agora se centrou principalmente nas zonas de pesca dos países desenvolvidos, onde são coletados dados sobre a quantidade de peixes.

Isso significa que o risco de redução das reservas pode ser maior nas outras zonas.

Apesar de tudo, o estudo revela que algumas estratégias permitiram proteger e restabelecer as reservas de peixes.

Por exemplo, no Quênia, o uso de redes que permitem aos peixes pequenos escapar e o fechamento de algumas zonas à pesca ajudaram a a aumentar o tamanho e a quantidade de peixes disponíveis e incrementar os rendimentos da pesca.

Em várias zonas, no entanto, a taxa de pesca deverá ser reduzida pela metade para preservar as reservas de peixes.

Em outro estudo, pesquisadores espanhois e britânicos descobriram que a restauração ecológica em terra pode reverter alguns efeitos - não todos - das degradações causadas pelo homem.

Eles analisaram 89 balanços de tentativas de restauraçao em uma grande variedade de ecossistemas do mundo.

Descobriram que a biodiversidade melhorou 44% em média, enquanto que os elementos úteis para o ecossistema, como a água, o solo ou o armazenamento de carbono aumentaram 25%.

"No entanto, os valors de ambos se mantivram inferiores (14 e 20%, respectivamente) nas zonas zonas restauradas em relação aos ecossistemas intactos de referência", indicou José Rey Benayas, da Universidade de Alcalá (Espanha), principal autor do estudo.

Fonte: Último segundo

terça-feira, 28 de julho de 2009

Mata Atlântica é, mais uma vez, alvo da irresponsabilidade

Falta de consciência ambiental promove sujeira e degradação em bairro da periferia de Salvador

Um flagrante de desrespeito ao meio-ambiente no bairro do Arraial do Retiro, em Salvador. Lixo e entulho são despejados no meio da Rua Direta do Arraial, mesmo com a existência de duas caixas coletoras e são, também, jogados na encosta que fica ao lado da rua, o que provoca mau cheiro e o aparecimento de mosquitos e ratos, sem falar nas baratas. Moradores e comerciantes construíram um espaço murado e com grade, para acolher todo o material descartado, mas o lugar foi destruído pelo vandalismo de alguns moradores e hoje só resta uma parede.

Mesmo com a presença dos vândalos, os moradores ainda construíram uma cerca de arame farpado para evitar que o lixo fosse despejado na encosta que fica ao lado da rua, mas a cerca também foi destruída e o lixo continua sendo jogado encosta abaixo. Um exemplo de falta de educação e consciência para preservar o ambiente em que se vive.

Mais adiante, a uns 200 metros, uma pedreira abandonada foi transformada em aterro, onde é jogada grande quantidade de entulho, que já forma uma imensa montanha bem no meio do que resta de Mata Atlântica no local.

Onde está o poder público, que não enxerga esse tipo de atrocidade e desrespeito ao meio-ambiente? Será que em qualquer ponto da cidade vamos deixar que uma população sem consciência ambiental, continue a depredar o patrimônio natural que ainda resta em nossa cidade, sem que providências sejam tomadas?

O pior é que esse descalabro não acontece apenas nas zonas nobres, contempladas pelo famigerado Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), onde são construídos os condomínios de luxo derrubando árvores nativas. A periferia é também responsável pela destruição. Será que o legado da atual administração de Salvador será a irresponsabilidade com o meio-ambiente e a omissão que facilitam destruir o que resta da Mata Atlântica?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Nísia Floresta: quando o "castigo" é o cuidado com o meio ambiente


Situado a 43 kilômetros de Natal, a capital do Rio Grande do Norte, o município de Nísia Floresta dá um exemplo para o Brasil. E não estou me referindo ao excelente camarão - que, conforme muitos classificam, é o melhor do estado -, ou à tradicional galinha caipira que os visitantes saboreiam. Me refiro à atitude do Poder Judiciário daquela localidade que, ao contrário do procedimento padrão na maior parte do país, aplica penas alternativas e, “de quebra”, colabora para manter a saúde do meio ambiente.

As penas mais comuns são de prestação de serviço (limpeza e varredura, coleta para abastecer o banco de sementes). Além disso, os infratores produzem mudas que são usadas para melhorar a qualidade do meio ambiente do município, ademais de apoiar as campanhas de educação ambiental promovidas pelo Ministério Público nas escolas municipais e estaduais do município.

Em um país como o Brasil, onde as penitenciárias e as cadeias comuns geralmente encontram-se superlotadas – inclusive com pessoas que não deveriam estar nestas carceragens –, uma pequena cidade, com menos de 30 mil habitantes, mostra como educação é a maneira mais adequada para combater o crime. Em vez de colocar praticantes de delitos leves para se “doutorar” junto com os criminosos de alta periculosidade, como acontece na maior parte do país, o juiz de Nísia Floresta “ataca” o problema de maneira inteligente e humana.

É necessário que outros magistrados aprendam com esse tipo de exemplo. É inconcebível que seres humanos sejam atirados em verdadeiras pocilgas e tratados de maneira sub-humana apenas porque cometeram um pequeno deslize, muitas vezes motivado pelas próprias condições que o Estado - omisso -, oferece, quando não aplica devidamente os recursos arrecadados com impostos dos cidadãos.

Delitos muito mais graves praticam muitos dos nossos representantes dos poderes Legislativo e Executivo – seja em esfera municipal, estadual ou federal - e fica “por isso mesmo”, enquanto que um mero “ladrão de galinha”, não raras vezes “aprodrece” atrás das grades de uma delegacia ou presídio.

Estão de parabéns os representantes do Judiciário de Nísia Floresta. Oxalá muitos copiem esse belo exemplo.

Fonte: Largavista - Texto: Verbena Córdula

domingo, 26 de julho de 2009

Salvem, também, os feios da extinção!



Americano cria página para ajudar a proteger criaturas como a da foto acima – que, claramente, não foi abençoada com um visual atraente.

Pensando nos seres vivos menos favorecidos pelo dom natural da beleza, o estudante americano de ecologia Nathan Yaussy, da Kent State University, em Ohio, criou o blog Endangered Ugly Things (coisas feias ameaçadas).

A ideia é simples: mostrar seres vivos que acabam ficando de fora de programas de proteção por não terem o apelo de um filhote de tigre ou urso polar. Entre todas as espécies apresentadas, que vão de mamíferos e anfíbios a fungos e plantas, está o Rhinoplax vigil, o pássaro da foto acima. Com seu bico curvo e visual exótico, ele é um prêmio para caçadores de Brunei, Indonésia, Malásia, Myanmar e Tailândia - mas você com certeza nunca o viu estampando um pôster de proteção à espécies ameaçadas.

“Normalmente essas campanhas preservacionistas escolhem um animal que tenha carisma e apelo popular, porque isso faz com que as pessoas se apeguem, gostem e logicamente acabem também fazendo parte do projeto”, diz o biólogo Luiz Duarte, doutor em ecologia pela UNICAMP. “No Brasil, o animal símbolo da preservação é o mico leão dourado; no mundo, é o urso panda”, completa.

Duarte explica que todos os seres vivos, os belos e os feios, possuem um papel no ambiente. Às vezes, um inseto que causa repulsa pode ser um importante polinizador de plantas utilizadas pelo próprio homem. “O problema é que ele pode ter um papel importantíssimo em termos ecológicos, mas, se for feio, não vai ser alvo de compaixão da opinião publica”, diz o biólogo.

No blog há centenas de exemplos de seres vivos que precisam da atenção pública para não se tornarem extintos. A causa é válida, afinal, não faz mal olhar um pouco além da aparência e ajudar quem, definitivamente, não é mais um rostinho bonito.

Fonte: Info Plantão

terça-feira, 21 de julho de 2009

Amazônia e Cataratas do Iguaçu são finalistas das "7 maravilhas da natureza"

Votação é similar à das '7 maravilhas' em que Cristo Redentor foi eleito. Região amazônica considerada para concurso inclui países vizinhos.

A Amazônia e as Cataratas do Iguaçu estão entre os 28 finalistas de uma votação mundial feita por telefone e internet para eleger as “Sete Novas Maravilhas da Natureza”. O anúncio foi feito nesta terça-feira (21).

Os dois representantes brasileiros concorrem co
m o Grand Canyon (Estados Unidos), o Monte Vesúvio (Itália), a Grande Barreira de Corais (Austrália), o Mar Morto (Israel e Jordânia), o Monte Matterhorn (Suíça e Itália), o Monte Kilimanjaro (Tanzânia), entre outros.

A região amazônica considerada para a votação inclui, além do Brasil, Venezuela, Suriname, Peru, Guiana, Guiana Francesa, Equador, Colômbia e Bolívia.

O Salto Ángel (Venezuela), maior cachoeira do mundo com mais de mil metros de altura e também localizada na Amazônia, concorre separadamente e igualmente está entre os finalistas. As Cataratas do Iguaçu representam o Brasil e a Argentina, já que se localizam na fronteira entre os dois países.

A votação é organizada pelo suíço Bernard Weber, que coordenou a eleição das Novas Maravilhas do Mundo, na qual o Cristo Redentor do Rio de Janeiro foi eleito. O site para votar é http://www.new7wonders.com/ (em inglês). Os vencedores serão anunciados em 2011.


Fonte: G1

domingo, 19 de julho de 2009

Moradores de Patamares fazem manifestação contra aterro de lagoas

A luta pela preservação de uma área de Mata Atlântica que já é protegida por lei ambiental

Moradores dos condomínios do bairro de Patamares, em Salvador, protestaram, neste domingo, contra obras de aterro da várias lagoas do Parque Ecológico do Vale Encantado. Área de dois milhões de m2 remanescentes da Mata Atlântica.

O p
arque fica entre a Av. Paralela e a Orla Marítima de Salvador. Muita gente tira o sustento e se alimenta da pesca nas lagoas.

Os manifestantes dizem que uma con
strutora conseguiu na justiça autorização para aterrar as lagoas, sob alegação de que havia proliferação do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti) na área.

Os moradores acreditam que, com o aterro, as águas da chuva não vão ter para onde escoar e poderão invadir as casas e que a extinção das la
goas prejudicará seriamente o ecossistema.

Mais uma vez, vemos a intransigência desmedida e a falta de sensibilidade dos senhores construtores atentar contra a natureza, sem que pensem nas consequências desastrosas de seus atos. Com isso, a população da capital baiana se depara, novamente, com o triste resultado do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) – aprovado pela atual administração da cidade em conluio com empresários do setor da construção civil e vereadores –, que atenta de forma brutal contra o meio-ambiente, destruindo o que ainda resta da mata nativa que é o “pulmão e o ar-condicionado” de nossa cidade em nome de um “desenvolvimento” que só atenderá aos interesses de uma pequena camada da sociedade acostumada a viver da exploração.

Aquecimento global põe em risco a fauna do planeta

Várias epécies estão ameaçadas de extinção

O urso polar corre risco de extinção devido ao aquecimento global. No Ártico o ritmo do aquecimento é duas vezes maior, tornando as placas de gelo, a cada ano, menores e mais distantes umas das outras, forçando os ursos a nadarem distâncias cada vez maiores. Estudos do IPCC afirmam que entre 20% e 30% das espécies estão ameaçadas de extinção neste século caso a temperatura média do planeta aumente entre 2º C e 3º C com relação a 1990.

Fonte: Aquecimento Global

terça-feira, 14 de julho de 2009

Entregar pilhas usadas aos revendedores: ecologicamente correto

Reciclar pilhas e baterias usadas, além de evitar a poluição dos mananciais, pode ser benéfico para a agricultura




O que fazer com as pilhas depois que sua vida útil termina? Não podemos mais nos dar ao luxo de pensar que jogar no lixo terá resolvido esse problema. A natureza não suporta mais o descaso. Pilha no lixo significa poluição. E poluição grave. Descarte de metais pesados nos mananciais, ou seja, poluição da água e dos alimentos que ingerimos.

Mas é possível evitar mais essa tragédia. A reciclagem é novamente uma maneira de solucionar um problema que aflige o ecossistema e protegê-lo de um iminente colapso.

Lâmpadas fluorescentes, termômetros, latas de inseticidas, latas de tinta, pilhas e baterias, compõem o lixo que é descartado diariamente nas cidades. Fazem parte de 1% do lixo urbano formado por resíduos sólidos que contêm elementos tóxicos. A população joga esse material no lixo por não saber o quanto eles são perigosos e também por não ter a informação de como e onde dele se desfazer.

As pilhas e as baterias são compostas de mercúrio, zinco, chumbo, cobre, cádmio, manganês, níquel e lítio. Todos perigosos à saúde humana, sendo que o chumbo, o mercúrio e o cádmio representam maior perigo.

Utilize baterias recarregáveis

Uma forma simples e bastante eficiente para evitar o crescimento desse descarte de pilhas na natureza, além da reciclagem, é a utilização das baterias recarregáveis. Com um tempo de vida útil bastante longo – podendo ser recarregadas milhares de vezes – essas baterias representam uma alternativa sadia e barata: um investimento inicial na compra das baterias e do carregador, que mais tarde proporcionarão um ganho extraordinário para quem utiliza e para a natureza que deixa de ser agredida.

Atualmente o Brasil produz cerca de 800 milhões de pilhas e 17 milhões de baterias. Se optarmos pela utilização das baterias recarregáveis todos sairemos ganhando no final.

Com o aumento da utilização de equipamentos sem fio, como notebooks, mp3, telefones celulares, câmeras fotográficas e cinematográficas etc., cresceu a demanda por baterias recarregáveis. As baterias de níquel-cádmio (Ni-Cd) são as mais procuradas por terem maior capacidade de armazenamento e duração da carga.

Benefícios para a agricultura

As pilhas usadas podem ser utilizadas na fabricação de corretivos de solo para a agricultura, mas isso depende da coleta seletiva que ainda é deficiente. Existe a tecnologia para o tratamento das pilhas, o que falta é a quantidade suficiente para baratear o custo de produção.

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirmam que é preciso a realização de um trabalho para conscientizar a população para a coleta da matéria prima (as pilhas). Eles afirmam que a coleta é ineficiente devido à legislação, que permite o descarte em aterros se as pilhas tiverem níveis adequados de potássio e de metais como zinco e magnésio. Por causa dessa legislação existe pouca coleta de pilhas usadas.

Para a utilização como corretivos de solo, o material necessita ser reciclado. Para isso é preciso separar a proteção metálica e fazer a lavagem da massa que contém os metais. Nesse processo o potássio funde-se com a água e separa-se do zinco e do manganês. Após esse momento, a massa sem o potássio é misturada a ácido sulfúrico e da reação resultante são formados o sulfato de zinco e o hidróxido de manganês, compostos que são normalmente utilizados para corrigir o solo na agricultura.

Não jogue as pilhas e baterias no lixo comum

Guardar as pilhas e baterias usadas e destiná-las para a reciclagem é uma ação ecologicamente correta que beneficia o ecossistema. Afinal, esse esforço poupa-nos do trabalho de retirar esses metais da natureza, reduzindo a contaminação do meio-ambiente.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

'Países poluidores' aceitam limitar a 2ºC o aquecimento do planeta

Grupo quer identificar objetivo comum de redução do efeito estufa até 2050. Para ONU, resultados do G8 em relação a aquecimento são insuficientes.

As maiores economias do mundo, responsáveis por 80% das emissões de gases de efeito estufa, reunidas durante reunião do G8, nesta quinta-feira (9) em L'Aquila, na itália, sob a presidência de Barack Obama, reconheceram a necessidade de limitar a 2°C o aumento da temperatura do planeta em relação ao nível pré-industrial" (fim do século XVIII).

Por consequência, se comprometem a "identificar um objetivo comum de redução das emissões de gases de efeito estufa até 2050", mas sem citar percentuais.

No entanto, para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, os resultados da cúpula do G8 em termos de luta contra o aquecimento global são insuficientes.

"Os dirigentes do G8 tinham uma oportunidade única, que corre o risco de não voltar a se apresentar", afirma Ban, que lamenta em particular a falta de compromissos a médio prazo por parte do núcleo de países industrializados.

"Ban Ki-moon lamenta que não haja um resultado a médio prazo até 2020, apesar de parabenizar o objetivo do G8 de reduzir as emissões dos países industrializados até 2050", afirmou o porta-voz Yves Sorokobi.

"Necessitamos de um objetivo a médio prazo para estarmos seguros de que nos encontramos no bom caminho de conseguir os objetivos de 2050", enfatizou Ban em sua declaração.

Os 16 principais países emissores de CO2 do planeta, industrializados e em desenvolvimento dizem, em sua declaração, reconhecerem "que o aumento da temperatura média global não deve exceder os 2°C".

Mas, apesar das palavras contundentes, a declaração não dá indicações sobre como esse objetivo deva ser atingido, não estabelecendo qualquer meta ou compromisso conjunto nem prevendo financiamento para desenvolvimento limpo das economias mais pobres.

Por causa disso, foi duramente criticada pelos principais grupos ambientalistas, entre eles o Greenpeace e o WWF, para os quais os países ricos "precisam mostrar a cara da verdade, além de liderança real e compromissos financeiros sólidos; não declarações de consolo."

A ideia que vai figurar no documento final do encontro representa um grande avanço, declarou, no entanto, à imprensa o diplomata Luiz Alberto Figueiredo Machado, chefe dos negociadores para questões de meio ambiente do Brasil.

Segundo ele, com a introdução do princípio de 2°C, serão respeitadas as recomendações científicas baseadas em uma avaliação de que a temperatura do planeta já aumentou quase um grau desde então.

O G5 já havia se comprometido amplamente com as energias renováveis, como o Brasil, com os biocombustíveis, enquanto que a China e a Índia, embora ainda muito dependentes do carvão, desenvolvem capacidades em energia solar e eólica.

Na véspera, os líderes do G8 aprovaram o limite de 2°C e se comprometeram a reduzir pela metade antes de 2050 a emissão mundial de gases de efeito estufa e elevaram para 80% a redução de suas próprias emissões.

Figueiredo acha que esta proposta não terá credibilidade se o G8 não adotar metas intermediárias até 2020.

"Nós podemos aceitar o objetivo de 2050 dentro de um quadro de metas a médio prazo", afirmou o chefe dos negociadores.

"Mas não podemos lidar apenas com o longo prazo, porque se perde credibilidade. Tem que existir metas de redução fortes e profundas até 2020", completou.

Já a Agência Internacional de Energia (AIE) estima que falta "muito a fazer" para atingir os objetivos do G8 sobre o clima e pede aos governos agirem contra a volatilidade dos preços da energia, em comunicado publicado nesta quinta-feira em Paris.

"Os investimentos em capacidade energética e em tecnologias limpas devem ser multiplicados por quatro para que o aumento médio da temperatura mundial fique abaixo dos 2°C", indicou a AIE, calculando em "400 bilhões de dólares suplementares ao ano, nos próximos 20 anos, a verba necessária para isto".

Também nesta quinta, o G5 fez um apelo "aos países desenvolvidos a ajudarem os emergentes, mais vulneráveis aos efeitos negativos da mudança climática a suportar o custo da adaptação" em suas economias.

Segundo a ONU, as necessidades de financiamento para os países em desenvolvimento em geral (não apenas os cinco) se elevariam a 150 bilhões de dólares por ano.

A posição da China é considerada essencial para o sucesso de um acordo: o país superou recentemente os Estados Unidos como o maior emissor mundial de gases poluentes.

Fonte: G1

STJ confirma multa de R$ 27 milhões aplicada pelo TRF-4 por lesão ao meio ambiente

Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. Com esse entendimento, a 1ª Turma do STJ não acolheu recurso especial em que a micro-empresa paranaense Tyres do Brasil Pneus Ltda. visava desvencilhar-se da multa de mais de R$ 27 milhões por armazenar em depósito quase 70 mil pneus importados.

egundo os autos, a empresa, sediada em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, possuía armazenadas, para comercializar, 69.300 unidades de pneus usados de fabricação estrangeira, adquiridas no mercado interno por intermédio de uma empresa de transportes.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu a mercadoria e lavrou a multa de R$ 400 por unidade, totalizando R$ 27.720.000,00.

Em primeira instância, o magistrado indeferiu o pedido de liminar da empresa. O TRF da 4ª Região manteve a decisão, sustentando ser cabível a aplicação de multa imposta pelo Ibama por importação e comercialização de pneus usados, pois se trata de uma medida de proteção à saúde pública e à defesa do meio ambiente.

Afirmou, ainda, que a multa deve-se ao fato de a empresa comercializar e armazenar pneus usados de fabricação estrangeira sem possuir liminar que autorizasse a importação dos pneus. A empresa recorreu ao STJ.

Na corte superior, a defesa alegou que, na aplicação da pena de multa, deve-se considerar a gravidade da infração e a condição econômica do fornecedor. Sustentou, ainda, que o artigo 47-A do Decreto nº 3.179 /99, ao estabelecer multa de R$ 400 por unidade para quem importar pneu usado ou reformado em desacordo com a legislação, não prevê o exame da culpabilidade do agente, nem atribui gradação à penalidade.

A 1ª Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso especial da empresa, seguindo as considerações da relatora, ministra Denise Arruda. Ela destacou que a conduta lesiva ao meio ambiente estava prevista no artigo 47-A do Decreto nº 3.179 /99, o qual afirma que constitui infração ambiental, cabível de multa, a importação de pneu usado ou reformado, incorrendo na mesma pena quem comercializa, transporta, armazena, guarda ou mantém em depósito pneu usado ou reformado, importado nessas condições.

Na questão relativa ao valor da multa cobrada, a relatora ressaltou que, por levar em conta a gravidade da infração e a situação econômica do infrator, e por não ultrapassar os limites definidos no artigo 75 da Lei 9.605 /98 o qual afirma que o valor cobrado para a multa deve ser no mínimo de R$ 50 e no máximo de R$ 50 milhões não pode ser revisto em sede de mandado de segurança, pois exige dilação probatória, bem como não pode ser reexaminado em sede de recurso especial, pois encontra impedimento na súmula 7 /STJ, que proíbe a análise de fatos e provas. (REsp nº 1080613)

Fonte: JusBrasil

sábado, 4 de julho de 2009

Promotora paralisa obras de pista entre a Paralela e a orla


A obra de abertura de uma pista que está sendo feita para ligar a Avenida Paralela à orla marítima foi paralisada ontem durante inspeção da promotora de meio ambiente, Hortênsia Gomes. Ela foi ao local acompanhada da fiscalização do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e de policiais da Companhia de Polícia Ambiental (Copa). Cinco caminhões que transportavam material para o aterramento foram apreendidos e levados para o pátio do Parque de Exposições.

Segundo a promotora, a obra não tem autorização dos órgãos ambientais, já que se trata de aterramento em área de Mata Atlântica e do leito do Rio Trobogy, ambas Área de Preservação Permanente (APP). “O Ministério Público está intervindo para investigar este crime”, disse ela. A promotora observou que, para executar a obra, as empresas, que estão a serviço da prefeitura, teriam que ter anuência do Instituto de Águas e Clima (Ingá) e também do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Decisão judicial – Presente no local, o secretário municipal de Desenvolvimento, Habitação e Meio Ambiente, Antonio Abreu, refutou a atuação da promotora e defendeu a continuidade do serviço que, segundo ele, foi autorizado pelo juiz Everaldo Amorim (da 8ª Vara da Fazenda Pública). “Estava lá, como faço sempre, para ver a obra, que teve autorização da Justiça”, disse. “Encontrei a via bloqueada. Ela (a promotora) alegou crime ambiental. Aleguei estar cumprindo ordem judicial que, para não ser cumprida, teria que ser derrubada na própria Justiça . Ela me ameaçou de prisão”, afirmou o secretário. Dizendo-se indignado, ele disse ter presenciado “o exercício da arbitrariedade em pleno dia 2 de Julho”, observou.

Abreu disse que a obra da Avenida Tamborogy teve licença do IMA. “Foi um episódio para ser esquecido”, afirmou. Ele falou que na próxima segunda-feira irá até o juiz para ser orientado sobre como cumprir a decisão.

Dengue – A promotora negou que tenha dado voz de prisão ao secretário, conforme foi divulgado em um blog noticioso, na tarde de ontem. “Não houve flagrante, pois as máquinas estavam paradas. Por isso não poderia tê-lo prendido”, disse. Hortênsia explicou que a autorização dada pelo juiz foi para aterramento de focos de dengue e não para as lagoas e para o leito do Rio Trobogy. Ela lembrou que o mesmo juiz, em decisão posterior à que autorizou o combate dos focos de dengue, suspendeu o aterramento da lagoa do Parque Vale Encantado, em Patamares, e também do Rio Trobogy.

Fonte: A Tarde Online

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Coca-cola lança garrafa PET com 30% cana-de-açúcar

Coca-cola sai na frente na solução do grande problema ecológico, as embalagens PET registrada como PlantBottle™. Dia 14 de maio a empresa anunciou que desenvolveu uma garra PET que contém 30% de material orgânico proveniente da cana-de-açúcar.

Com isso a empresa já tem estudos que irá reduzir, para a sua produção de PET’s, a sua emissão de carbono em 25%. Até o fim do ano a divisão da Coca-cola irá colocar o novo tipo de embalagem para outras marcas.

Traduzindo um release do CEO, Muhtar Kent da Coca-Cola “este significante desenvolvimento na inovação da embalagem sustentável nos coloca no curso para realizar a nossa visão de eventualmente introduzir no mercado garrafas com materiais que sejam 100% recicláveis e renováveis”.

Agora vamos aguardar para saber quando essa novidade chegará ao Brasil.

Leia mais no site da Coca-Cola dos Estados Unidos, ainda não há informações na página do Brasil

Fonte: Revista do Meio ambiente

Só nos resta eperar que a grande multinacional abra mão dos Royaltys, para as outras marcas das bebidas similares. Isso seria uma grande contribuição para preservação do ecossistema e da vida.

sábado, 20 de junho de 2009

A contribuição da festa de São João para o aquecimento global

Maior conquista do homem, na pré-história, o fogo passou a ser utilizado de várias maneiras pelos primeiros hominídeos, como proteção contra predadores e contra o frio nos invernos rigorosos. Com o fogo tornou-se possível cozinhar os alimentos, passando a comida a ser mais saborosa e saudável, como a carne livre de bactérias. O fogo também foi companheiro nas caçadas, sendo usado para encurralar as presas.

Responsável pela sobrevivência e por grandes conquistas da humanidade, o fogo também serviu para a criação de armas para a destruição da própria espécie.

O fogo era visto na antiguidade como uma das partes formadoras da matéria. Na Idade Média, alquimistas acreditavam na capacidade do fogo de transformar a matéria, alterando a química das substâncias, como transformar ferro em ouro.

Com o poder de combustão da madeira, o homem passou a fazer fogueiras utilizando essa matéria como combustível. A fogueira já foi empregada de maneiras bastante variadas. Na Idade Média mulheres acusadas de bruxaria foram queimadas na fogueira pela Igreja Católica com o objetivo de “libertá-las” da “maldição”.

No Brasil, na época das festas juninas, é costume acender fogueiras, principalmente na noite de São João. É uma tradição do catolicismo que lembra um trato feito entre as primas Isabel – mãe de João Batista – e Maria – Mãe de Jesus Cristo. Isabel mandou acender uma fogueira para avisar Maria que seu filho, João Batista, havia nascido.

A humanidade cresceu, a ponto de já sermos mais de seis bilhões de seres humanos a habitar o planeta. Isso acarreta uma grande necessidade de produção de alimentos e muitas outras utilidades como roupas, eletrodomésticos, automóveis etc. Para essa produção é necessário geração de muita energia. Nem todos os países têm o manancial de águas que possui o Brasil. Por enquanto nossa energia é produzida em grande parte por usinas hidrelétricas, mas, aos poucos, essa produção vem se tornando escassa para a demanda que vem crescendo em progressão geométrica. Em outros países a energia é gerada, em sua maioria, por usinas movidas a combustíveis fósseis, o que acarreta despejo de gases de feito estufa na atmosfera.

Agora imaginemos uma noite de São João, no Brasil, em que várias fogueiras sejam acesas. A população brasileira conta mais de 180 milhões de habitantes, e se pelo menos 10% desses habitantes acederem fogueiras teremos um despejo considerável de CO2 na atmosfera, contribuindo de forma considerável para o aumento do aquecimento global. Sem falar nas árvores que vão ser cortadas para arderem em apenas uma noite. Leia a “dica um” de como ser sustentável com simplicidade que foi apresentada neste blog.

Está na hora da Igreja Católica, mãe dessa tradição – ao invés de facilitar, com o seu discurso retrógrado, o contágio entre as pessoas pelas doenças sexualmente transmissíveis (DST) –, orientar os “fiéis” sobre os estragos que as fogueiras de São João podem trazer ao nosso planeta já tão devastado pela irresponsabilidade humana.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Marina Silva recebe prêmio internacional pela defesa do meio ambiente




Ao receber o prêmio internacional “Sofia 2009”, nesta quarta-feira, em Oslo, capital da Noruega, em reconhecimento à sua atuação na defesa do meio ambiente, a senadora Marina Silva (PT-AC), afirmou que está mais do que na hora de o Brasil defender, na Conferência das Partes das Nações Unidas, no final deste ano, em Copenhague, o estabelecimento de uma meta global de redução de emissões de carbono na atmosfera para 2020, 2030 e 2050, bem como o limite de emissões globais ao longo do século.

- O Brasil precisa usar sua credibilidade internacional para ajudar os demais países a saírem da inércia e estabelecer uma nova dinâmica no processo de negociação dos compromissos da Convenção de Mudanças do Clima - destacou.

A definição de uma meta global de emissões, segundo disse a senadora em seu discurso, não implica em definir imediatamente o grau de responsabilidade de cada país para cumprir a meta. Isso deverá ser discutido nos anos seguintes, tomando-se em conta o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, prevista na convenção de mudanças climáticas.

Leia, na íntegra, o discurso da senadora.

Fonte: Gabinete da senadora


sábado, 13 de junho de 2009

Aquecimento global



Correntes oceânicas

O oceano e seus habitantes serão
irreversivelmente afetados pelo
impacto do aquecimento global e
as mudanças climáticas. Os
cientistas dizem que o
aquecimento global, ao subir
as temperaturas dos mares, irá
elevar os níveis das águas e mudar
as correntes oceânicas.


A água nos oceanos do mundo está sempre em movimento – arrastada pelas ondas, soprada pelos ventos e lentamente circulando pelo globo com a força do Great Ocean Conveyor Belt (também chamado de Cinturão Termohalino Mundial). O cinturão é alimentado pelas diferenças de temperatura na água e sua sanilidade, e uma de suas partes mais conhecidas, a Corrente do Golfo, é que dá à Europa seu clima relativamente suave.

Além de manter o clima morno na Europa e ter um importante papel no clima do planeta, o cinturão faz com que as águas mais profundas cheguem à superfície, trazendo nutrientes, e aumenta a absorção de dióxido de carbono pelo oceano.


O que pode dar (muito) errado

De forma preocupante, estudos recentes advertem que já temos evidência de uma circulação mais lenta do cinturão no trecho de águas profundas entre a Escócia e a Groenlândia. E enquanto o cinturão parece ter agido de maneira previsível nos últimos milhares de anos, um exame da polpa de geleiras tanto do manto da Groenlândia como da Antártica mostra que não tem sido sempre assim. No passado mais distante, mudanças na circulação do cinturão foram associadas a alterações abruptas de clima.

A diluição da salinidade do oceano – através do derretimento do gelo ártico, como o do manto da Groenlândia – e/ou o aumento das chuvas – pode diminuir ou mudar a direção do cinturão. Esse resfriamento dramático pode trazer conseqüências terríveis para a agricultura e o clima na Europa, e causar impacto em correntes oceânicas e temperaturas ao redor do globo.

Fonte: Greenpeace

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O meio-ambiente é festejado



O meio-biente é festejado, mas pede ajuda. Ajuda de quem o está destruindo pouco a pouco. Não basta nutrir a humanidade. Ela quer mais, sempre mais, nessa gana de acumular, acumular... E esquece-se de oferecer algo em troca a quem tudo lhe dá; à mãe Natureza, aqui escrita com "ene" maiúsculo para lembrar a todos a nossa mãe. Só mãe dá sem visar retorno.

Florestas destruídas, já não dá para contar quantas vezes nossas matas foram incendiadas criminosamente. Resta pouco da Mata Atlântica e a Floresta Amazônica – o nosso condicionador de ar natural – segue o mesmo caminho para, principalmente, criar-se gado em larga escala para nos alimentar, sem que acordemos para o alternativo.

Se continuar a escrever sobre todas as atrocidades cometidas contra o meio-ambiente vai ser difícil parar. Mas nesse dia e a partir desse dia, vamos todos examinar a consciência e questionar sobre o que se fez e o que se está fazendo para amenizar essa degenerescência a que está chegando o planeta por causa das nossas ações irresponsáveis.

Vamos parar de achar que ambientalista é um “cara chato”, que só pensa em verde, que só pensa em Natureza. Vamos parar de achar que lutar contra o desperdício de água é bobagem, pois não é não. A atual geração não vai sentir a falta, mas as futuras terão sérios e sombrios problemas de falta d’água. O caso é sério, vamos acordar.

Esse pequeno desabafo é para lembrar o 5 de junho, Dia Mundial do Meio-ambiente e que o Em VErDe noVo continua a sua luta pela preservação da Natureza e deseja que, não só esta data, mas todos os dias sejam o Dia do Meio-ambiente.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O “oba-oba” 2014

Este blog tem como proposta principal o meio-ambiente. Porém, tem em seu subtítulo “opinião”. Além disso, depois dos últimos acontecimentos esportivos e, principalmente, os desportivos, senti a necessidade de expressar-me a respeito.

Sou soteropolitano, adoro minha cidade. Por isso me sinto na obrigação de alertar para a pândega que vai se instalar em Salvador por causa dessa conversa fiada de benefícios de se sediar uma Copa do Mundo. Se o Brasil não está em condições econômicas para tanto, menos ainda está a capital do Estado da Bahia.

As Redes de Televisão – carregadas de interesses comerciais em nível nacional – já falam em grande geração de empregos. Se for do tipo gerado pelo o Pan em 2007, vamos parar aonde? A vila olímpica que foi construída para o Pan ainda existe? Está conservada? É utilizada decentemente? E dos empregos, sobrou algum? Sabemos que muita gente ganhou muito dinheiro à custa dos dissabores das carreiras profissionais dos nossos atletas amadores, muitos deles nem bons patrocínios conseguem até hoje.

“Mas gerou muito emprego”, dizem os desportistas de plantão, aqueles que matam e morrem para trabalhar em uma transmissão esportiva, para ganhar mais uns trocados e acreditam que é assim que deve ser. É essa a geração de emprego?

A mídia soteropolitana em geral já vive o “oba, oba”. Mostra aos quatro cantos do país que a “Bahia é festa!”. Sim, festa! Um povo que na sua imensa maioria não tem acesso à educação, emprego, saúde, saneamento básico, transporte de massa – como um metrô que há dez anos se arrasta e não fica pronto –, enche o Pelourinho para fazer festa, obviamente incentivado pela mídia de plantão. Por quê?

Será que todos acreditam que Salvador vai ser uma sede de jogos importantes? Será que tem ideia de que, provavelmente, não terão condições de pagar pelo ingresso que, certamente, será bem mais caro que os atuais de um BAVI? Será que tem a consciência de que só a elite terá acesso às arquibancadas novinhas da recuperada Fonte Nova – reconstruída pelo trabalho temporário –, com o dinheiro que sai do nosso bolso, dos nossos impostos, para atender a um orçamento que, inicialmente, era de 200 milhões de reais e hoje já ultrapassa os 400 milhões? Aonde isso vai chegar daqui mais quatro anos?

Nossa Salvador começa a ficar enfeitada. Em cada praça ou esquina é possível encontrar uma bola de futebol enorme com uma bandeirinha do Brasil tremulando. O governo festeja e esquece-se de fazer o que realmente importa. Mas, o que esperar de um governo que, ao invés de executar obras que o povo precisa, tem a pretensão de construir uma ponte para ligar Salvador à ilha de Itaparica – ponte que não oferece nenhum benefício econômico que justifique empreendimento de tamanha?

Meus amigos radialistas e jornalistas que me perdoem, mas não posso me calar diante de tanta falta de consciência. O Brasil e, principalmente, nossa querida Salvador – já que o mal está instalado – precisam que, pelo menos, seja tomada uma postura de vigilância sobre esses gastos para que não sigamos o exemplo do Pan, que teve o seu orçamento exageradamente estourado e não gerou nenhum grande benefício para a população do Rio de Janeiro. Pelo menos admitam isso.

Leia este artigo também no Observatório da Imprensa.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bahia precisa de 20 milhões para recuperar Mata Atlântica


A restauração da mata atlântica que foi destruída em áreas onde seria obrigatória a sua preservação, como determina o Código Florestal (Lei 4.771/65), vai custar, na Bahia, algo em torno de R$ 20 bilhões. Este é o valor estimado para que 2,1 milhões de hectares voltem a ser cobertos pela mata no Estado, de acordo com estudos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) na metodologia proposta para a restauração da floresta.

No Estado, onde 307 municípios estão situados no bioma mata atlântica, a estimativa do Ministério Público é que apenas 2% dos proprietários rurais tenham cumprido a lei e preservado suas reservas legais – área de pelo menos 20% do total da propriedade que deve ter a vegetação nativa intocada.

A meta do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, que será lançado na Bahia nesta sexta-feira, dia 29, é que até 2050 o Estado recupere 2,1 milhões de hectares identificados com base no mapeamento do bioma feito pelo Ministério do Meio Ambiente em 2006. Em todo o País, foram identificados 17 milhões de hectares de áreas potenciais para restauração, segundo afirmou o coordenador-geral do Conselho do Pacto, Miguel Calmon.

Déficit florestal – Na Bahia, as áreas prioritárias para serem restauradas estão situadas principalmente nas regiões Recôncavo sul e sudoeste. De acordo com Miguel, essas áreas são as que têm maior déficit de cobertura florestal em áreas de preservação permanente (APP) e em reservas legais (RL).

O valor da “dívida” para com a mata atlântica foi calculado tendo como referência o custo de restauração de um hectare de floresta, que pode variar de R$ 5 mil a R$ 10 mil, podendo chegar a até R$ 12 mil a depender da capacidade de regeneração do ambiente. De acordo com o professor Ricardo Rodrigues, coordenador da Esalq/USP, autor da metodologia de referência para restauração florestal, há locais em que o custo pode cair para até R$ 3 mil/ha se a área tiver uma boa regeneração natural.

Fonte: Jornal A Tarde