Por Márcio Vieira - DRT 4430
quarta-feira, 7 de agosto de 2019
A IMPORTÂNCIA DOS RECIFES DE CORAIS E AS AMEAÇAS SOFRIDAS
Ao
mergulharmos em ambientes de águas cristalinas, rasas e contemplamos a beleza e
a biodiversidade do lugar, nem imaginamos o quanto é importante aquele
ecossistema.
São
os recifes de corais formados de carbonato de cálcio a partir da decomposição
de algas marinhas, crustáceos, moluscos etc. São pequenos e muito frágeis. Utilizam
o carbonato de cálcio para formar o exoesqueleto duro. O seu crescimento se dá
a partir calcificação que vai sendo coberta por outra, por outra e essas camadas
vão solidificando e aumentando o tamanho do recife. Os corais são animais cnidários da classe Anthozoa.
Os
corais podem ser solitários, mas normalmente formam colônias e cada indivíduo
formador é chamado de pólipo e um recife de corais é formado por milhares desses
pólipos, que ao morrerem calcificam e formam as camadas que fazem com que o
recife cresça. Um recife de corais é formado por finas camadas de carbonato de
cálcio que é o resultado da sobreposição sucessiva de exoesqueletos.
A
parte do recife de corais que vemos, nada mais é que a camada superficial
composta por pólipos vivos. Nessa camada existe uma simbiose muito importante
entre tecidos de corais e microalgas, as zooxantelas, que ao viverem dentro dos
corais, realizam a fotossíntese e acabam por liberar compostos orgânicos para
os corais. É uma troca. As zooxantelas sobrevivem e se desenvolvem utilizando
nutrientes gerados pelo metabolismo dos corais. Essa relação causa a formação
dos exoesqueletos e as cores diversas de um recife de corais.
Existem
vários tipos de corais, mas três são os mais importantes:
Ø Atóis – formados em círculo, e uma lagoa se
forma no centro. Ficam localizados no meio dos oceanos e são formados em pontos
altos de ilhas (normalmente vulcânicas) que são rodeadas de recifes em franja e
afundam no oceano.
Ø Recifes em franja – são os mais
encontrados e sempre próximo à costa, em volta de ilhas e continentes,
separados por lagoas rasas e estreitas.
Ø Recifes de barreias –
encontram-se paralelos à costa, porém, ao contrário dos atóis, são separados
por lagoas profundas e estreitas.
Os
recifes de corais gostam de águas mornas, rasas e claras. Mas já foram
encontrados em águas profundas, nas últimas décadas. O Nordeste do Brasil é
contemplado por possuir os únicos recifes de corais da América do Sul. Estão
espalhados por cerca de 3.000 km da costa da Região Nordeste.
IMPORTÂNCIA
A
rica biodiversidade existente nos recifes, gera uma grande importância para o
meio ambiente. Da mesma forma que os mangues, eles fornecem alimento para a
maioria dos animais marinhos, a exemplo de peixes, moluscos, invertebrados e
crustáceos e formam um poderoso filtro da água do mar, pois os corais se
alimentam através da filtração da água de onde tiram os nutrientes de que
precisam. Alimentam-se de plâncton e pequenos animais. Outros formidáveis
filtros marinhos vivendo nesse rico ambiente são as esponjas. Elas se alimentam
filtrando a água dos oceanos. No Oceano Pacífico, por exemplo, existe uma
espécie de esponja que mede até mais de dois metros de altura e tem a forma de
um pote de barro. Na verdade, essa espécie é um verdadeiro aglomerado de outros
pequeninos animais. Ela “chupa” a água pelas suas laterais e a expele pelo
orifício superior com uma força tamanha, que é capaz de deslocar para longe um
mergulhador distraído.
Com
a reciclagem existente nos recifes, há uma infinita troca de nutrientes
entre
os indivíduos e gera extensa cadeia alimentar. Peixes comem e excretam
substâncias compostas de nitrogênio e fósforo, absorvidos por plantas e outras
formas de vida que fazem parte dessa simbiose. A Natureza é perfeita. A cadeia
alimentar acontece sem erros. Os peixes que se alimentam no lugar servem de
alimento para outros de maior porte e assim a vida flui naturalmente.
AMEAÇA
A
pesca predatória, a sedimentação excessiva e a poluição estão entre as principais
ameaças aos recifes de corais. Em algumas regiões, é usado um tipo de
substância tóxica na água para a coleta de peixes ornamentais. Essa substância anestesia
os animais e facilita a captura, porém por causa dessa mesma substância os
peixes não sobrevivem por muito tempo. Mas essa substância não atinge apenas os
peixes, mas toda a região causando um forte desequilíbrio.
Embora
os corais gostem de águas quentes, as altas temperaturas dos oceanos causadas
pelo El Niño e pela atuação do homem ao gerar o aquecimento global está criando
o branqueamento deles. O calor em
excesso faz com que as zooxantelas exagerem a taxa da fotossíntese e produzam
uma quantidade exagerada de oxigênio, o que é tóxico para os corais. Eles
expulsam as zooxantelas de seu organismo e acabam por ficarem quebradiços e
esbranquiçados.
Outra
ameaça é provocada pela queima de combustíveis fósseis e o aumento do gás
carbônico na atmosfera. Esse gás se dilui na água do mar. Ele reage com a água,
o que diminui o pH dos oceanos (o oceano fica mais ácido). Isso interfere
negativamente na formação dos recifes porque a maior acidez faz os corais e as
algas reduzirem a secreção de calcário, importante componente para formação dos
recifes.
Por Márcio Vieira - DRT 4430
Por Márcio Vieira - DRT 4430
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Há um novo revestimento para edifícios que reduz consumo de energia e emissões de CO2
Uma excelente novidade sustentável para a construção civil. Um revestimento nano-isolante térmico, que reduz o consumo de energia e emissões de CO2.
Uma solução ecológica que dará um novo fôlego ao setor de reabilitação urbana.
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Uma solução ecológica que dará um novo fôlego ao setor de reabilitação urbana.
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O projeto foi executado por um consórcio constituído por 12 parceiros de cinco países (Portugal, Espanha, Reino Unido, Alemanha e Eslovénia), informou o IPN, em comunicado enviado à agência Lusa.
Um consórcio liderado pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), sediado em Coimbra, criou um produto de revestimento para fachadas de edifícios que reduz o consumo de energia e as emissões de CO2, foi hoje anunciado.
O
projeto foi executado por um consórcio constituído por 12 parceiros de cinco
países (Portugal, Espanha, Reino Unido, Alemanha e Eslovénia), informou o IPN,
em comunicado enviado à agência Lusa.
"A
disponibilização deste novo sistema de revestimento será especialmente
importante para dar um novo fôlego ao setor da reabilitação urbana, obedecendo
a critérios sustentáveis e ecológicos que não desconsiderem a componente
humana", salienta a nota.
O
produto, que permite contribuir para o aumento dos níveis de eficiência
energética dos edifícios, foi desenvolvido nos últimos três anos no âmbito do
projeto GELCLAD, que encerrou no final de julho com uma reunião em Gijón
(Espanha).
Com um
orçamento de 5,5 milhões de euros, dos quais 4,7 suportados pela União
Europeia, o projeto GELCLAD criou "com sucesso um sistema avançado de
isolamento de fachadas modulares, composto por um núcleo de aerogel e
nano-isolante e uma camada de revestimento final feita de material
ecológico", explica o IPN.
"Atualmente, já se encontram desenvolvidos os conceitos científicos e processos de fabricação e foi criado um protótipo em escala real aplicado numa fachada de um edifício no município de Gijón", lê-se no comunicado.
Citado
na nota, Jorge Corker, coordenador do projeto, considera que este novo sistema
contribui para "reduzir o consumo de energia e as emissões de CO2,
permitindo ganhos até 40% de eficiência de isolamento".
"Apresenta-se
como um produto inovador que supera as propriedades oferecidas pelos sistemas
de isolamento de fachada tradicionais e que terá um impacto real na poupança
energética", sublinhou.
Por Márcio Vieira - DRT 4430
Fonte: sapo.pt
Por Márcio Vieira - DRT 4430
Fonte: sapo.pt
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