quarta-feira, 7 de agosto de 2019

A IMPORTÂNCIA DOS RECIFES DE CORAIS E AS AMEAÇAS SOFRIDAS


 

Ao mergulharmos em ambientes de águas cristalinas, rasas e contemplamos a beleza e a biodiversidade do lugar, nem imaginamos o quanto é importante aquele ecossistema.

São os recifes de corais formados de carbonato de cálcio a partir da decomposição de algas marinhas, crustáceos, moluscos etc. São pequenos e muito frágeis. Utilizam o carbonato de cálcio para formar o exoesqueleto duro. O seu crescimento se dá a partir calcificação que vai sendo coberta por outra, por outra e essas camadas vão solidificando e aumentando o tamanho do recife. Os corais   são animais cnidários da classe Anthozoa.

Os corais podem ser solitários, mas normalmente formam colônias e cada indivíduo formador é chamado de pólipo e um recife de corais é formado por milhares desses pólipos, que ao morrerem calcificam e formam as camadas que fazem com que o recife cresça. Um recife de corais é formado por finas camadas de carbonato de cálcio que é o resultado da sobreposição sucessiva de exoesqueletos.

A parte do recife de corais que vemos, nada mais é que a camada superficial composta por pólipos vivos. Nessa camada existe uma simbiose muito importante entre tecidos de corais e microalgas, as zooxantelas, que ao viverem dentro dos corais, realizam a fotossíntese e acabam por liberar compostos orgânicos para os corais. É uma troca. As zooxantelas sobrevivem e se desenvolvem utilizando nutrientes gerados pelo metabolismo dos corais. Essa relação causa a formação dos exoesqueletos e as cores diversas de um recife de corais.

Existem vários tipos de corais, mas três são os mais importantes:

Ø        Atóis – formados em círculo, e uma lagoa se forma no centro. Ficam localizados no meio dos oceanos e são formados em pontos altos de ilhas (normalmente vulcânicas) que são rodeadas de recifes em franja e afundam no oceano.
Ø        Recifes em franja – são os mais encontrados e sempre próximo à costa, em volta de ilhas e continentes, separados por lagoas rasas e estreitas.
Ø        Recifes de barreias – encontram-se paralelos à costa, porém, ao contrário dos atóis, são separados por lagoas profundas e estreitas.



Os recifes de corais gostam de águas mornas, rasas e claras. Mas já foram encontrados em águas profundas, nas últimas décadas. O Nordeste do Brasil é contemplado por possuir os únicos recifes de corais da América do Sul. Estão espalhados por cerca de 3.000 km da costa da Região Nordeste.
 


IMPORTÂNCIA

A rica biodiversidade existente nos recifes, gera uma grande importância para o meio ambiente. Da mesma forma que os mangues, eles fornecem alimento para a maioria dos animais marinhos, a exemplo de peixes, moluscos, invertebrados e crustáceos e formam um poderoso filtro da água do mar, pois os corais se alimentam através da filtração da água de onde tiram os nutrientes de que precisam. Alimentam-se de plâncton e pequenos animais. Outros formidáveis filtros marinhos vivendo nesse rico ambiente são as esponjas. Elas se alimentam filtrando a água dos oceanos. No Oceano Pacífico, por exemplo, existe uma espécie de esponja que mede até mais de dois metros de altura e tem a forma de um pote de barro. Na verdade, essa espécie é um verdadeiro aglomerado de outros pequeninos animais. Ela “chupa” a água pelas suas laterais e a expele pelo orifício superior com uma força tamanha, que é capaz de deslocar para longe um mergulhador distraído.

Com a reciclagem existente nos recifes, há uma infinita troca de nutrientes
entre os indivíduos e gera extensa cadeia alimentar. Peixes comem e excretam substâncias compostas de nitrogênio e fósforo, absorvidos por plantas e outras formas de vida que fazem parte dessa simbiose. A Natureza é perfeita. A cadeia alimentar acontece sem erros. Os peixes que se alimentam no lugar servem de alimento para outros de maior porte e assim a vida flui naturalmente.

AMEAÇA

A pesca predatória, a sedimentação excessiva e a poluição estão entre as principais ameaças aos recifes de corais. Em algumas regiões, é usado um tipo de substância tóxica na água para a coleta de peixes ornamentais. Essa substância anestesia os animais e facilita a captura, porém por causa dessa mesma substância os peixes não sobrevivem por muito tempo. Mas essa substância não atinge apenas os peixes, mas toda a região causando um forte desequilíbrio.

Embora os corais gostem de águas quentes, as altas temperaturas dos oceanos causadas pelo El Niño e pela atuação do homem ao gerar o aquecimento global está criando o branqueamento deles.  O calor em excesso faz com que as zooxantelas exagerem a taxa da fotossíntese e produzam uma quantidade exagerada de oxigênio, o que é tóxico para os corais. Eles expulsam as zooxantelas de seu organismo e acabam por ficarem quebradiços e esbranquiçados.

Outra ameaça é provocada pela queima de combustíveis fósseis e o aumento do gás carbônico na atmosfera. Esse gás se dilui na água do mar. Ele reage com a água, o que diminui o pH dos oceanos (o oceano fica mais ácido). Isso interfere negativamente na formação dos recifes porque a maior acidez faz os corais e as algas reduzirem a secreção de calcário, importante componente para formação dos recifes.


Por Márcio Vieira - DRT 4430

Há um novo revestimento para edifícios que reduz consumo de energia e emissões de CO2


Uma excelente novidade sustentável para a construção civil. Um revestimento nano-isolante térmico, que reduz o consumo de energia e emissões de CO2. 

Uma solução ecológica que dará um novo fôlego ao setor de reabilitação urbana.

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O projeto foi executado por um consórcio constituído por 12 parceiros de cinco países (Portugal, Espanha, Reino Unido, Alemanha e Eslovénia), informou o IPN, em comunicado enviado à agência Lusa.




Um consórcio liderado pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), sediado em Coimbra, criou um produto de revestimento para fachadas de edifícios que reduz o consumo de energia e as emissões de CO2, foi hoje anunciado.


O projeto foi executado por um consórcio constituído por 12 parceiros de cinco países (Portugal, Espanha, Reino Unido, Alemanha e Eslovénia), informou o IPN, em comunicado enviado à agência Lusa.


"A disponibilização deste novo sistema de revestimento será especialmente importante para dar um novo fôlego ao setor da reabilitação urbana, obedecendo a critérios sustentáveis e ecológicos que não desconsiderem a componente humana", salienta a nota.


O produto, que permite contribuir para o aumento dos níveis de eficiência energética dos edifícios, foi desenvolvido nos últimos três anos no âmbito do projeto GELCLAD, que encerrou no final de julho com uma reunião em Gijón (Espanha).


Com um orçamento de 5,5 milhões de euros, dos quais 4,7 suportados pela União Europeia, o projeto GELCLAD criou "com sucesso um sistema avançado de isolamento de fachadas modulares, composto por um núcleo de aerogel e nano-isolante e uma camada de revestimento final feita de material ecológico", explica o IPN.



"Atualmente, já se encontram desenvolvidos os conceitos científicos e processos de fabricação e foi criado um protótipo em escala real aplicado numa fachada de um edifício no município de Gijón", lê-se no comunicado.

Citado na nota, Jorge Corker, coordenador do projeto, considera que este novo sistema contribui para "reduzir o consumo de energia e as emissões de CO2, permitindo ganhos até 40% de eficiência de isolamento".


"Apresenta-se como um produto inovador que supera as propriedades oferecidas pelos sistemas de isolamento de fachada tradicionais e que terá um impacto real na poupança energética", sublinhou.

Por Márcio Vieira  - DRT 4430
 Fonte: sapo.pt