quarta-feira, 14 de novembro de 2012

As migrações e a perda do habitat

A vida no planeta está, a cada dia, correndo sérios riscos. A biosfera não suporta mais tanta agressão do ser humano. Poluição do meio ambiente, queimadas, emissão de gases de efeito estufa, (CO2, CO e CH4), pela indústria. Isso já causa uma grande camada desses gases ao redor do planeta, impedindo a radiação de raios infravermelhos de volta ao espaço e aumentando assim o calor retido na atmosfera. É um problema global que já faz sentir seus efeitos. Com isso surge o aumento da temperatura do globo, que causa impacto em toda a cadeia alimentar marinha, a exemplo do fitoplâncton – que está na base da cadeia alimentar e serve de alimento para organismos maiores como o Krill, que cresce sob o gelo do mar e serve de alimento para baleias, incluindo as grandes, como as Jubartes. A redução de gelo do mar implica na redução do Krill, o que acaba por diminuir o alimento para os outros animais marinhos.

Várias espécies de animais marinhos correm o risco de extinção por causa do aumento na temperatura das águas. Muitas não conseguem sobreviver em águas mais quentes, como baleias e golfinhos que podem, até encalhar por causa das altas temperaturas. É um efeito dominó: aumenta a temperatura, o manto de gelo derrete e diminui a área de alimentação por falta do oceano salgado. Algumas populações de pinguins diminuíram 33% em regiões da Antártida por causa da decadência do habitat.

Essas variações da temperatura ambiente podem causar problemas gigantescos ao planeta, a começar pelas migrações. O aumento do nível das águas pode fazer com que milhões de pessoas tenham que sair de suas casas à procura de condições de sobrevivência, o que acarretará problemas sociais e econômicos nos locais onde se instalarem. Animais começam a fugir do seu habitat natural procurando regiões onde possam encontrar um clima semelhante ao seu original, mosquitos transmissores de doenças podem, também, migrar levando consigo moléstias a locais onde elas nunca existiram, ou seja, doenças como Dengue e Malária podem fazer muitas vítimas nesses locais. A biodiversidade será afetada na medida em que as espécies terão que se adaptar a novos regimes climáticos, usarão da migração para procurar locais mais adequados ou mesmo se extinguirão.

Com o aumento da temperatura do planeta, a quantidade de furacões e tornados incidirão com maior frequência em todas as regiões e, por exemplo, no Brasil, a Floresta Amazônica será afetada tão drasticamente que poderá se transformar em uma savana.

É imperativo que a humanidade tome consciência da necessidade de ações que possam reverter o aquecimento global, como não poluir, evitar queimadas, diminuir o consumo de combustíveis fósseis, combater o desmatamento. Com ações como essas será possível garantir um mundo mais equilibrado e qualidade de vida para todos. A nossa casa – a Terra – agradece.