domingo, 12 de abril de 2009
10% da Mata Atlântica podem ser restaurados em 40 anos
A intenção é restaurar 15 milhões de hectares até 2050
Sob a supervisão de 16 organizações ligadas à preservação do meio-ambiente, entre elas a Associação Mico-Leão-Dourado e a Associação SOS Mata Atlântica, foi lançado esta semana o “Pacto pela Restauração da Mata Atlântica" que reunirá projetos de ONGs e governos com o objetivo de ampliar o alcance a que são direcionados. Após o lançamento, 53 ONGs, empresas, governos e instituições de pesquisas já aderiram ao Pacto, durante toda a semana.
O objetivo do projeto é contribuir para alcançar os 30% de mata preservada previstos no Código Florestal brasileiro. Segundo Miguel Calmon, coordenador geral do Conselho de Coordenação do Pacto, apenas 7% da cobertura atual de Mata Atlântica conseguem cumprir seu papel de conservação da biodiversidade. Outros 13% são compostos por fragmentos de mata, que precisam ser interligados. A restauração prevista pelo pacto, que corresponde a 10% da cobertura original da floresta, poderá completar a conta para se adequar à legislação.
Como contrapartida, de acordo com a missão do pacto, os projetos de restauração deverão gerar trabalho e renda, realizar o pagamento por serviços ambientais e a adequação legal da atividade agropecuária. “Queremos articular instituições públicas e privadas, instituições de pesquisa, governos, ONGs, empresas e os proprietários rurais. A conservação precisa virar um 'negócio' para funcionar”, afirma Calmon.
Os grandes proprietários rurais poderão se beneficiar, por exemplo com a adequação legal de suas terras, recebendo eventuais ganhos financeiros por serviços ambientais, como o sequestro de carbono. Uma alternativa para pequenos e médios proprietários é a transformação de terras com baixa produtividade em áreas de florestas manejadas que poderão ter alto rendimento econômico. Um dos principais focos da articulação do pacto é a adesão dos proprietários rurais, que, segundo Calmon, “são os grandes protagonistas desse processo”.
Fonte: G1
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Solicitamos não utilizar palavrões, xingamentos ou ofensas nos comentários.