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Construção civil investe mais uma vez contra a natureza e o Candomblé
A ganância dos “construtores civis” não tem limites. Eles investem contra os nossos patrimônios naturais sem o menor remorso. Derrubam árvores, muitas árvores, desmatam florestas, destroem a fauna e a flora como não houvesse nenhuma consequência relativa a essas atitudes. Mas remorso é, só mesmo, para quem tem consciência e não é o caso.
Dessa vez me refiro a um patrimônio natural e religioso que está em vias de ser destruído. A Pedra de Xangô, que fica em Cajazeiras, subúrbio de Salvador, Bahia, considerada um templo sagrado para os seguidores da religião afro-brasileira, poderá, em breve, ser explodida para dar lugar à construção de um novo empreendimento imobiliário.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIjlejnwqxrRqUidW1lHzNyOUNJmR-ema0cW5gDf0ukiX8IUfsN9HAUHCur1xbf4YfGUGpt37WN318V5yXBY9cKlmr8WVcLGMrvdLG0SZJ1W3PsyFszUNLzgyHX9myF6DS7yW5qGVX1pQ/s320/pedra+1.jpg)
A pedra é cultuada pelos seguidores do Candomblé desde os tempos da escravização dos negros no Brasil. Os escravizados fugitivos usavam as fendas existentes na grande rocha como esconderijo. Com o passar do tempo a pedra passou a ser visitada para celebrações da religião afro.
E numa época em que se fala tanto em preservação da natureza, ecologia, meio ambiente e se condena a intolerância religiosa, Salvador se prepara para dar mais um mau exemplo pra o mundo, caso essa destruição seja consumada. Porém com um prefeito que quase destrói um Terreiro de Candomblé na capital baiana – o Terreiro da Casa Branca – e é adepto de uma religião que sempre deu exemplos de intolerância com as outras, principalmente com a afro-brasileira, o que se pode esperar? Cabe a ele, o prefeito João Henrique, mostrar que tudo o que foi dito aqui não passe de especulação e use da autoridade a ele conferida nas últimas eleições municipais e tome providências para que a Pedra de Xangô seja preservada. Ficarei muito feliz se estiver errado.
A natureza, a religião, o povo de Salvador e a ecologia agradecem. Afinal, desmandos nem deveriam existir.
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