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| Poluição |
Acontecendo muito antes do que se
acreditava poder acontecer. Essa é a realidade constatada pela comunidade
científica já há muito tempo. Estamos falando da dessalinização dos oceanos. A
acidificação está a cada dia maior e se não forem tomadas providências
imediatas para a redução das emissões de CO2 na atmosfera, os danos
causados aos oceanos podem ser irreversíveis.
A acidificação é um importante
desequilíbrio químico dos oceanos, que aliado à poluição, causadora da
desoxigenação, concorre para a elevação da temperatura e o aquecimento global.
Isso acaba por prejudicar a vida marinha, que depende de temperaturas estáveis
para a sobrevivência. Muitas espécies de peixes vêm tendo prejudicado o
desenvolvimento como a dificuldade de crescimento, o que tem provocado a redução
de suas populações. O mesmo problema acontece com o metabolismo de organismos
que necessitam de carbonato de cálcio para a formação de suas estruturas
corporais rígidas (esqueletos e exoesqueletos), a exemplo dos corais e moluscos
de concha.
Qual o principal causador da
acidificação? Sem dúvida a atividade humana no planeta. A queima de
combustíveis fósseis para a produção de energia e o resultado de utilização
desses combustíveis na indústria.
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| Acidificação |
O pH dos oceanos aumentou 26% em
média nos últimos 200 anos, ao absorver mais de um quarto das emissões de CO2
geradas pela atividade humana, adverte um relatório publicado nesta
quarta-feira (8), em Seul. Pesquisadores ligados à Convenção sobre a Diversidade
Biológica (CDB) analisaram centenas de estudos existentes sobre este fenômeno
para redigir o documento que apresentaram em Pyeongchang (Coreia) por ocasião
da 12ª reunião da convenção das Nações Unidas sobre a proteção da
biodiversidade. O relatório destaca a gravidade do fenômeno, que apresenta uma
rapidez sem precedentes e um impacto muito variado, que seguirá aumentando nas
próximas décadas. “É inevitável que entre 50 e 100 anos as emissões
antropogênicas de dióxido de carbono elevem a acidez dos oceanos a níveis que
terão um impacto enorme, quase sempre negativo, sobre os organismos marinhos e
os ecossistemas, assim como sobre os bens e serviços que proporcionam”,
destacam os cientistas. A acidez dos oceanos varia naturalmente ao longo do
dia, das estações, do local e da região, mas também em função da profundidade
da água. “Os ecossistemas das costas sofrem uma maior variabilidade do que os
que estão em alto mar”, destacam os pesquisadores. Alguns trabalhos revelam que
a fertilização de certas espécies é muito sensível à acidificação dos oceanos,
enquanto outras são mais tolerantes. Os corais, moluscos e equinodermos
(estrelas do mar, oriços e pepinos do mar, por exemplo) estão particularmente
afetados por esta mudança, que reduz seu ritmo de crescimento e sua taxa de
sobrevivência, mas algumas algas e microalgas podem se beneficiar, do mesmo
modo que alguns tipos de fitoplânctons. O relatório destaca o impacto
sócio-econômico já visível em algumas regiões do mundo: na aquicultura do
noroeste dos Estados Unidos e na criação de ostras. Os riscos para as barreiras
de coral nas zonas tropicais também são uma “enorme preocupação, já que
envolvem a subsistência de 100 milhões de pessoas, que dependem destes
habitats”. Segundo os pesquisadores, “apenas a redução das emissões de CO2
permitirá deter o problema”.
Fonte: 360 graus
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