domingo, 24 de outubro de 2010

Reciclar com consciência é preciso

A reciclagem é importante, mas não devemos transformar lixo em lixo 
O estrondoso desenvolvimento social e econômico percebido nos últimos tempos, faz pensar em como enfrentar os problemas gerados por esse mesmo desenvolvimento. Um deles é o desequilíbrio ambiental.

Na busca desenfreada pelo consumo, populações, principalmente as mais desenvolvidas, provocam danos irreparáveis ao meio ambiente. O consumo exagerado dos recursos naturais, o descarte dos produtos não mais utilizados, sem que sejam levados a um destino correto, agridem ainda mais o ecossistema do planeta, que já pede socorro.

Pesquisas recentes afirmam que um único habitante de um país rico consome praticamente o mesmo que 25 habitantes de um país em desenvolvimento, ou emergente. Isso faz com que as nações passem a ter uma maior preocupação em avaliar suas políticas de crescimento social, tornando mais comum a utilização de termos como desenvolvimento sustentável, eco-eficiência, dentre outros.
 
O Brasil

Com uma produção aproximada de 100 milhões de toneladas anuais de lixo – 40 milhões só de lixo domiciliar –, o Brasil já começa a sentir os efeitos do crescimento desordenado – aumento populacional, mais indústrias, urbanização desordenada etc. Até o aumento da renda da população brasileira contribuiu, e muito, para o crescimento da quantidade de lixo nos aterros sanitários. A explosão do consumo é fator preponderante para a poluição do ecossistema. Mais dinheiro, mais compras, mais lixo.

A reciclagem consciente

Para enfrentar esse problema, que só cresce, se faz necessária a conscientização da reciclagem. Mas isso começa pela coleta que deve ser diferenciada. Resíduos sólidos, como plásticos, madeira, aço, alumínio, papel etc., e orgânicos devem ser separados na hora do descarte, pois os sólidos que forem contaminados com dejetos orgânicos não devem ser reciclados.

A reciclagem gera resultados altamente benéficos, como a infinita utilização da matéria prima e preservação dos aterros sanitários, onde devem ficar apenas os que se decompõem rapidamente. Além disso, vem a geração de emprego, a consciência ecológica e, principalmente, a minimização de gastos com saúde pública.

O mais importante de tudo isso é a reciclagem consciente, não transformar lixo em mais lixo. O plástico, por exemplo, por ser reciclável, pode perfeitamente voltar a ser utilizado da mesma foram que a origem – copo plástico pode voltar a ser copo plástico. Utiliza-se embalagens de garrafa pet para fazer brinquedos, peças de decoração e até sofás e “puffs”; tudo muito bonito e em alguns casos de bom gosto, mas não passam de produtos que logo voltarão a ser lixo sem que tenham passado, realmente, por um processo de reciclagem. Um brinquedinho desses tem pouca vida útil e logo será descartado em algum lixão gerando mais poluição. O mesmo certamente acontecerá com as latinhas de alumínio e seus lacres etc.

Portanto, é necessário a consciência de como reciclar, ter os cuidados necessários para que o bem estar da população seja sempre respeitado. O respeito a essas ideias, possibilitará a garantia de um futuro mais limpo e solidário para o planeta.

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