sábado, 26 de outubro de 2013

Ativista brasileira tem fiança negada


Ana Paula Maciel continua em prisão preventiva na Rússia, mesmo após mudança nas acusações, de pirataria para vandalismo. Governo brasileiro, através do embaixador naquele país, ofereceu garantias para que a bióloga respondesse ao processo em liberdade, mas não foi atendido.

A Justiça russa negou, nesta quinta-feira, a apelação de advogados do Greenpeace para que a brasileira Ana Paula Maciel, 31, pudesse responder em liberdade, mediante fiança, ao inquérito aberto após protesto pacífico. Além da bióloga gaúcha, todos os outros 27 ativistas e dois jornalistas também tiveram negados os pedidos de fiança.

Ana Paula Maciel durante audiência na corte
 regional de Murmansk. (© Igor Podgorny / Greenpeace)
Ana Paula é uma das 30 pessoas que estão em prisão preventiva desde 19 de setembro, após um protesto pacífico contra a exploração de petróleo no Ártico pela empresa russa Gazprom. A Justiça ignorou a carta de garantia assinada pelo embaixador brasileiro no país, Fernando Barreto, em que o governo brasileiro pedia que Ana Paula aguardasse as investigações em liberdade, assegurando às autoridades russas que ela teria bom comportamento e que se apresentaria ao tribunal sempre que fosse requisitada.

O advogado de Ana Paula também solicitou que ela acompanhasse a audiência fora da jaula, mas o juiz deu razão ao promotor do caso e negou o pedido.

Nesta quarta-feira, o Comitê de Investigação russo divulgou nota afirmando ter retirado a acusação de pirataria, e passou a indiciar o grupo por vandalismo. Porém, apesar do anúncio, a nova acusação não foi ainda formalizada. O Greenpeace Internacional rechaça a acusação de pirataria. “Vamos contestar veementemente as acusações de vandalismo, assim como fizemos com as acusações de pirataria, ambas são fantasiosas, sem qualquer relação com a realidade”.

“Os ativistas protestaram pacificamente contra os planos da empresa Gazprom de explorar petróleo no Ártico, e devem ser libertados”, disse a nota divulgada ontem pelo Greenpeace.

Fonte: Greenpeace

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