quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Presidente do IBAMA pede exoneração

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio-ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Abelardo Bayma, pediu exoneração do cargo por estar em desacordo com a emissão da licença definitiva para a implantação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que pode ser construída no rio Xingu, no Pará. No seu comunicado à ministra do Meio Ambiente Bayma alegou motivos pessoais para o pedido de demissão, mas comentou com amigos que o verdadeiro motivo foi o fato de ter sofrido pressões da diretoria da Eletronorte para emitir a licença para a implantação da usina. Funcionário de carreira da autarquia, Abelaro estava no cargo desde abril de 2010.

Nas últimas reuniões que teve com diretoria da Eletronorte, Abelardo Bayma negou a emissão da licença definitiva para a construção da usina. Ele argumentou que pendências ambientais impediam o órgão de emitir o documento. Abelardo disse ainda que o IBAMA poderia emitir a licença somente para a instalação, mas não a definitiva. Belo Monte já criou outros problema administrativos. Foi um dos motivos que levou ao pedido de demissão da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva que também discordava da implantação da usina alegando que a obra causará fortes danos ambientais na região com o alagamento de uma área de aproximadamente 500 km2.

A Amazônia possui atualmente 115 usinas termoelétricas (13 em Manaus que consomem quase 1 bilhão de litros de óleo diesel por ano) e em 2008 já emitia cerca de 3,97 milhões de toneladas anuais de dióxido de carbono, quase 40% mais que os seis últimos anos anteriores, estimando um custo de R$ 2,4 bilhões em 2009 podendo a chegar este ano a R$ 4,7 bilhões. Esses dados foram divulgados no Fórum de Mudanças Climáticas do Amazonas (O Eco, 29/11).

Está na hora, ou melhor, já passou da hora de se pensar em modelos alternativos de geração de energia como a captação de energia solar ou eólica. Duas formas de energia limpa sem agressão ao meio-ambiente e que podem suprir as necessidades energéticas do país em até 20% até 2020. Muito além do 1,3% de hoje e gerando cerca de 8 milhões de novos empregos. Absorvendo muito mais mão-de-obra do que poderiam as hidrelétricas. Geração de energia com sustentabilidade; o mundo clama por iniciativas como estas.



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Fonte: Avaaz.org

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