sábado, 23 de maio de 2009
Barbeiros surgem em Salvador, na região da Paralela
Não bastassem os surtos de dengue e meningite que já preocupam e muito, a população de Salvador se depara com a invasão dos barbeiros, vetores da Doença de Chagas.
Ao completar cem anos da sua descoberta, pelo médico e pesquisador Carlos Chagas, a Doença de Chagas – transmitida pelo barbeiro inseto da família dos Reduvideos – não possui um tratamento que seja satisfatório e ainda leva à morte os que com ela são contaminados.
Em Salvador, apesar do seu desenvolvimento, foi encontrada uma grande quantidade de barbeiros na região da Av. Luis Viana Filho (Paralela), nos pontos recentemente desmatados para a construção de condomínios de luxo e nos de ocupação irregular como o Bairro da Paz. Toda essa população está em situação de risco afinal, dos mais de 400 barbeiros que foram encontrados pelos moradores, desde 2006, e levados à Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), 48% estavam contaminados pelo Triatoma Tibiamaculata, uma das 70 espécies de barbeiro que podem ser encontradas na Bahia. Essa espécie pode ser identificada com facilidade por causa das manchas brancas nas patas e é altamente perigosa se estiver infectada pelo “Trypanossoma Cruzi”, protozoário causador da Doença de Chagas.
O fato de terem sido levados vivos à fundação facilitou a identificação. “Qualquer inseto suspeito de ser um barbeiro deve ser encaminhado ao Centro de Zoonoses ou para a Fiocruz. No momento que a pessoa tenta matar o barbeiro, ela pode se infectar”, explica o biólogo Gilmar Ribeiro.
A maneira mais fácil de contaminação é quando o ser humano é picado pelo inseto e coça o local. Ao picar o homem o barbeiro deposita as fezes e ao se coçar, a vítima espalha essas fezes que entram em contato com a corrente sanguínea. É quando se dá a contaminação. A ingestão de alimentos contaminados com o protozoário e as transfusões de sangue são outras formas de contaminação.
Nos barbeiros analisados na Fiocruz e que estavam infectados, só foi encontrado sangue de animais, na maioria de aves, o que significa que seres humanos não foram contaminados. Mas o fato de os insetos fazerem seus ninhos normalmente dentro de residências, preocupa.
De acordo com especialistas, com o desmatamento os barbeiros estão deixando o seu habitat à procura de comida.
Com as recentes modificações no plano diretor da cidade, se faz necessário medidas para impedir que a Doença de Chagas se torne uma epidemia. Afinal desfazer o que está provocando esse grave problema – essas construções sem a mínima preocupação com o meio-ambiente – é uma questão de vontade política, algo que a atual administração já provou que não possui como também não tem a preocupação esperada pelas pessoas de bom senso para o impedimento de tal atrocidade, além do fator econômico que fala alto. Afinal, quem aprovou esse Plano Diretor de “Desenvolvimento” Urbano (PDDU), assume que não tem nenhum compromisso com o verdadeiro desenvolvimento de Salvador. Um plano que não atende às questões ambientais, não respeita o meio-ambiente de uma capital como Salvador, jamais deveria ser aprovado. Acredito que qualquer ambientalista é contra essa estupidez, essa coisa insana que é esse PDDU. Por isso é importante o engajamento de toda a sociedade, governos, associações de moradores, unindo esforços para ter uma idéia do tamanho do problema que está por vir e encontrar formas de evitar o pior: uma infestação de barbeiros em nossa cidade, provocada por essa insanidade que é desmatar sem um planejamento que atenda às necessidades ambientalistas, possibilitando uma condição melhor de vida, sem endemias ou epidemias.
Ao completar cem anos da sua descoberta, pelo médico e pesquisador Carlos Chagas, a Doença de Chagas – transmitida pelo barbeiro inseto da família dos Reduvideos – não possui um tratamento que seja satisfatório e ainda leva à morte os que com ela são contaminados.
Em Salvador, apesar do seu desenvolvimento, foi encontrada uma grande quantidade de barbeiros na região da Av. Luis Viana Filho (Paralela), nos pontos recentemente desmatados para a construção de condomínios de luxo e nos de ocupação irregular como o Bairro da Paz. Toda essa população está em situação de risco afinal, dos mais de 400 barbeiros que foram encontrados pelos moradores, desde 2006, e levados à Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), 48% estavam contaminados pelo Triatoma Tibiamaculata, uma das 70 espécies de barbeiro que podem ser encontradas na Bahia. Essa espécie pode ser identificada com facilidade por causa das manchas brancas nas patas e é altamente perigosa se estiver infectada pelo “Trypanossoma Cruzi”, protozoário causador da Doença de Chagas.
O fato de terem sido levados vivos à fundação facilitou a identificação. “Qualquer inseto suspeito de ser um barbeiro deve ser encaminhado ao Centro de Zoonoses ou para a Fiocruz. No momento que a pessoa tenta matar o barbeiro, ela pode se infectar”, explica o biólogo Gilmar Ribeiro.
A maneira mais fácil de contaminação é quando o ser humano é picado pelo inseto e coça o local. Ao picar o homem o barbeiro deposita as fezes e ao se coçar, a vítima espalha essas fezes que entram em contato com a corrente sanguínea. É quando se dá a contaminação. A ingestão de alimentos contaminados com o protozoário e as transfusões de sangue são outras formas de contaminação.
Nos barbeiros analisados na Fiocruz e que estavam infectados, só foi encontrado sangue de animais, na maioria de aves, o que significa que seres humanos não foram contaminados. Mas o fato de os insetos fazerem seus ninhos normalmente dentro de residências, preocupa.
De acordo com especialistas, com o desmatamento os barbeiros estão deixando o seu habitat à procura de comida.
Com as recentes modificações no plano diretor da cidade, se faz necessário medidas para impedir que a Doença de Chagas se torne uma epidemia. Afinal desfazer o que está provocando esse grave problema – essas construções sem a mínima preocupação com o meio-ambiente – é uma questão de vontade política, algo que a atual administração já provou que não possui como também não tem a preocupação esperada pelas pessoas de bom senso para o impedimento de tal atrocidade, além do fator econômico que fala alto. Afinal, quem aprovou esse Plano Diretor de “Desenvolvimento” Urbano (PDDU), assume que não tem nenhum compromisso com o verdadeiro desenvolvimento de Salvador. Um plano que não atende às questões ambientais, não respeita o meio-ambiente de uma capital como Salvador, jamais deveria ser aprovado. Acredito que qualquer ambientalista é contra essa estupidez, essa coisa insana que é esse PDDU. Por isso é importante o engajamento de toda a sociedade, governos, associações de moradores, unindo esforços para ter uma idéia do tamanho do problema que está por vir e encontrar formas de evitar o pior: uma infestação de barbeiros em nossa cidade, provocada por essa insanidade que é desmatar sem um planejamento que atenda às necessidades ambientalistas, possibilitando uma condição melhor de vida, sem endemias ou epidemias.
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