segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Desastre ambiental mata peixes na região metropolitana de Salvador

Mais uma vez a população ribeirinha é prejudicada pela irresponsabilidade

A área atingida pela mortandade de peixes vai do distrito de Passé, a 60 km de Salvador, no município de Candeias, até Ilha de maré. Os pescadores da colônia local estimam já ter recolhido 400 kg de mariscos e peixes como arraias e robalos.

Em um passeio pelo rio São Paulinho é possível encontrar filhotes de peixes boiando próximo ás margens da vegetação do mangue. É no rio que os peixes costumam vir do mar para desovar. De acordo com os moradores de Passé, as mortes estão relacionadas a resíduos de uma indústria química, despejados através de uma tubulação que termina na beira do rio. Segundo os pescadores, vão ser necessários de seis meses a um ano para que o meio-ambiente se recomponha e os peixes e mariscos voltem em abundância.

O Instituto do Meio Ambiente (IMA), coletou a água e peixes do rio para exames. Enquanto isso os pescadores e marisqueiras ficam sem trabalho e sem ter como se manter, já que seu meio de subsistência é a pesca.


Emocionada, dona Clarice, moradora de Passé, marisqueira a 40 anos, faz uma previsão do que pode acontecer se providências não forem tomadas de imediato: “os pescadores, coitados, pescam tudo aí dentro do rio. Agora o que será da gente aqui, marisco não pode comer, peixe não pode comer, vai comer o quê, sem ter dinheiro pra comprar nada”?

O governo do estado está cadastrando as famílias atingidas pelo desastre e distribuindo cestas básicas até que a situação se normalize.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Solicitamos não utilizar palavrões, xingamentos ou ofensas nos comentários.