sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Construção civil investe mais uma vez contra a natureza e o Candomblé


A ganância dos “construtores civis” não tem limites. Eles investem contra os nossos patrimônios naturais sem o menor remorso. Derrubam árvores, muitas árvores, desmatam florestas, destroem a fauna e a flora como não houvesse nenhuma consequência relativa a essas atitudes. Mas remorso é, só mesmo, para quem tem consciência e não é o caso.

Dessa vez me refiro a um patrimônio natural e religioso que está em vias de ser destruído. A Pedra de Xangô, que fica em Cajazeiras, subúrbio de Salvador, Bahia, considerada um templo sagrado para os seguidores da religião afro-brasileira, poderá, em breve, ser explodida para dar lugar à construção de um novo empreendimento imobiliário.





A pedra é cultuada pelos seguidores do Candomblé desde os tempos da escravização dos negros no Brasil. Os escravizados fugitivos usavam as fendas existentes na grande rocha como esconderijo. Com o passar do tempo a pedra passou a ser visitada para celebrações da religião afro.

 

E numa época em que se fala tanto em preservação da natureza, ecologia, meio ambiente e se condena a intolerância religiosa, Salvador se prepara para dar mais um mau exemplo pra o mundo, caso essa destruição seja consumada. Porém com um prefeito que quase destrói um Terreiro de Candomblé na capital baiana – o Terreiro da Casa Branca – e é adepto de uma religião que sempre deu exemplos de intolerância com as outras, principalmente com a afro-brasileira, o que se pode esperar? Cabe a ele, o prefeito João Henrique, mostrar que tudo o que foi dito aqui não passe de especulação e use da autoridade a ele conferida nas últimas eleições municipais e tome providências para que a Pedra de Xangô seja preservada. Ficarei muito feliz se estiver errado.

A natureza, a religião, o povo de Salvador e a ecologia agradecem. Afinal, desmandos nem deveriam existir.

domingo, 6 de novembro de 2011

Concerto de Aranjuez - Orquestra Neojibá em Salvador-Bahia

Concerto de Aranjuez do espanhol Joaquim Rodrigo. O Concerto foi concebido para violão e orquestra, mas nessa apresentação o instrumento solista foi a harpa.

Não resisti a incorporar este video, pois a vistuose de Margot, harpista suíça de 13 anos, foi um show de interpretação. Dedilhando a harpa com uma suavidade singular, ela nos transporta para uma outra dimensão de sentimentos, à qual só os apreciadores desse gênero musical conseguem chegar . A regência é do Maestro Ricardo Castro. A apresentação aconteceu em Salvador-Bahia, noTeatro Castro Alves, no dia 05/11/2011.

sábado, 29 de outubro de 2011

Novo Código Florestal é "retrocesso" e “viola Constituição", diz estudo do MPF

Para procuradores, projeto fará País descumprir acordos internacionais, traz “insegurança jurídica” e danos irreparáveis ao ambiente

Estudo do Ministério Público Federal (MPF) afirma que o projeto de lei do novo Código Florestal “apresenta diversas violações à Constituição da República, omissões” e “representa grave retrocesso na Política Nacional de Meio Ambiente, não trazendo aperfeiçoamentos relevantes”.

De acordo com o “Grupo de Trabalho Áreas de Preservação Permanente”, que reuniu oito procuradores da República e peritos do MPF na matéria, o novo projeto “aprofunda distorções e mergulhará o País em grande insegurança jurídica, por conta de ações diretas de inconstitucionalidade, ações civis públicas, descumprimento de compromissos internacionais, por exemplo, além dos gravíssimos e irreparáveis danos aos ecossistemas e recursos naturais”.


O iG teve acesso ao documento, intitulado “O Novo Código Florestal e a Atuação do Ministério Público Federal”, que refuta o “pseudo-dilema entre preservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico em que se tem sustentado o discurso de defesa do projeto de lei”. O relatório tem 177 páginas e foi encaminhado nesta semana à Câmara de Deputados e ao Senado Federal, onde o projeto já foi aprovado em três comissões e recebe emendas.

Mudanças fragilizam Brasil e a Conferência Rio + 20

De acordo com o texto, as alterações propostas no novo código contrariam compromissos internacionais assumidos pelo Brasil em conferências das Nações Unidas sobre mudança de clima – como o de Copenhague, em que o País se propôs a reduzir entre 36,1% e 38,9% as emissões projetadas até 2020. Na avaliação do MPF, essas mudanças “fragilizarão a participação do Brasil e os próprios resultados da Conferência Rio+20”, que ocorrerá em 2012 no País.


“A exclusão da proteção de mangues, restingas e de várzeas como áreas de preservação permanente, assim como a permissão de exploração do Pantanal sem critérios ambientalmente seguros, afronta diretamente tais compromissos, além de ser inconstitucional.”. O trabalho diz que a dispensa de recuperação de 3,8 milhões de hectares na caatinga “é claramente contrária aos objetivos da Convenção Internacional de Combate à Desertificação”, assinada pelo País.

Um dos pontos mais atacados pelo grupo de estudo do MPF é a definição de “área rural consolidada” no novo código, que admite imóveis com edificações, benfeitorias ou atividades silvopastoris com ocupação anterior a 22 de julho de 2008. Para os procuradores, essa definição tem o objetivo de “isentar os causadores de danos ambientais da obrigação de reparar o dano, sem exigir qualquer circunstância para a dispensa desta reparação”.

O documento afirma que, diferentemente das áreas urbanas consolidadas, onde a recuperação integral das áreas de preservação permanente significaria “custos sociais e econômicos desproporcionais, (...) nas áreas rurais a recuperação das áreas de preservação permanente é de enorme importância e pode ser obtida sem impor um ônus excessivo aos proprietários rurais”.

Na avaliação do grupo, isso será objeto de “veto presidencial” e de “ação direta de inconstitucionalidade” em ações civis públicas.

Segundo o estudo, “é patente violação” da Constituição e lesivo ao meio ambiente permitir o uso da Floresta Amazônica brasileira, Mata Atlântica, Serra do Mar, Pantanal Mato-Grossense e Zona Costeira fora de condições de preservação. A recomendação do MPF é que o patrimônio nacional desses biomas seja absolutamente preservado, sem uso, inclusive quanto dos recursos naturais, a não ser em caráter excepcional e mediante a presença de requisitos e condições.”

Os procuradores veem no projeto do novo código “a completa descaracterização do regime de proteção das áreas de preservação permanente”. Não há menção expressa no código à proteção integral dos manguezais, dunas e de vegetação de restinga.

Outra crítica feita é à isenção a empreendimentos de abastecimento público de água e de geração de energia elétrica de manterem a Reserva Legal. “Este é um dos custos ambientais do empreendimento e tem que ser suportado pelo empreendedor, não podendo haver isenção, que caracteriza violação do dever geral de proteção ambiental previsto na Constituição e da exigência constitucional de que a propriedade atenda sua função social”, diz o texto.

De acordo com o estudo, o projeto comete “gravíssimas falhas” ao reduzir “significativamente a quantidade de área ambientalmente protegida, afrontando de forma clara os dispositivos constitucionais de proteção ao meio ambiente”.

Procuradores veem "impunidade" para quem desmata

Para os procuradores, “a sucessão de prazos, anistias e flexibilizações presentes em nossa legislação ambiental (...) gera a sensação de completa impunidade, fazendo com que o produtor que sempre observou a legislação em vigor fique em situação de clara desvantagem e sinta-se altamente estimulado a também desrespeitar as normas ambientais”. Isso também deixaria uma “porta aberta” para fraudes, devido à “situação caótica e precária de funcionamento de nosso sistema de registro de imóveis, especialmente na Amazônia”.

Outro ponto muito criticado é a “anistia aos desmatadores”, porque “impede a lavratura de autos de infração e suspende as sanções já aplicadas para os ilícitos ambientais anteriores a julho de 2008. Segundo o MPF, a anistia, sob o pretexto de regularizar situações que “estão irregulares há várias décadas”, “beneficiará aqueles que continuaram desmatando ilegalmente em épocas recentes”.O MPF considera uma “involução” a alteração que permite a compensação da reserva legal mesmo por quem desmatou vegetação, sem autorização, após dezembro de 1998, “por quem tinha plena consciência de que não poderia fazê-lo”.

Multa faz com que árvore valha mais em pé do que derrubada


O estudo alerta que o um artigo do código pode permitir “transformar grandes áreas de vegetação nativa da Amazônia em carvão, pois não exige que o suprimento seja feito por florestas plantadas, o que é exigido pelo código atual”. O MPF considera o projeto de lei “permissivo demais” ao prever que a autorização para o uso de fogo na vegetação seja estabelecida por órgão estadual.

“O instrumento econômico para preservação da vegetação deve ser entendido como aquela medida adotada pelo Poder Público que faz com o que o proprietário de área com cobertura florestal seja estimulado, sob o ponto de vista econômico, a preservá-la. Em outras palavras, é aquele instrumento que faz com que uma árvore valha mais em pé do que derrubada.”



Fonte: IG

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Fotografia de denúncia ecológica vence competição internacional de fotografia


A imagem de oito pelicanos cobertos de petróleo, do espanhol Daniel Beltrá, foi a vencedora do prestigioso concurso internacional de fotografias de vida selvagem Veolia Environnement Wildlife Photographer of the Year 2011. © Daniel Beltrá / Veolia Environnement Wildlife Photographer of the Year 2011.

Fonte: BBC Brasil 

terça-feira, 11 de outubro de 2011

12 de outubro: Dia do Mar

É bom ir à praia, não é? Vamos cuidar mais do mar, evitando poluir a água. Será bom para todos.

sábado, 8 de outubro de 2011

Mangueira é derrubada para a cosntrução de prédio em Salvador

Em todo o tempo de existência da humanidade, atrocidades foram cometidas em nome do “progresso”, do “crescimento”, “da civilização”. Tudo sempre com “boas intenções”.

Com “boas intenções” se pesquisou e se chegou à fissão do átomo, criando assim o primeiro reator nuclear. Culminou na criação da primeira bomba atômica e na destruição de duas cidades japonesas – Hiroshima e Nagasaki – na Segunda Guerra Mundial. Em seguida veio a Guerra Fria, que durou mais de 40 anos. “De ‘boas intenções’ o inferno anda cheio”.

Hoje, ainda em nome do “progresso”, do “crescimento” e da “civilização”, as atrocidades continuam. Agora, contra a natureza atacada de forma sistemática, principalmente, pela construção civil. Essa não tem o mínimo escrúpulo e sai derrubando árvores e destruindo ecossistemas sem se preocupar, em nenhum momento, com o resultado de ato tão vil.

Hoje pela manhã, mais uma vez isso pôde ser visto em Salvador, mais precisamente no bairro Boa Vista de Brotas. Por causa da construção de um novo prédio no local, durante a terraplanagem, uma mangueira, quase centenária, foi sumariamente derrubada para dar lugar à nova edificação. Havia mesmo a necessidade desse crime?

Com uma escavadeira de grande porte derrubou-se a árvore sem “dó nem piedade”. Perdoe o chavão, mas é o que mais se adéqua ao fato. Sabemos o que isso pode acarretar ao meio-ambiente: destruição da flora e prejuízo à fauna. Mas eles – os construtores – não têm essa consciência ecológica.

Em março de 2009, quando uma árvore centenária foi derrubada na região de patamares para a construção do Loteamento Alfaville, denunciamos aqui no Em VErDe noVo. Tratava-se de uma frondosa árvore. Para abraçá-la seriam necessárias pelo menos cinco pessoas.





As fotografias abaixo mostram a mangueira e o espaço deixado após ela ser  “executada”. No vídeo é possível notar o esforço da escavadeira para puxar o tronco para cima. O peso era tanto que foram necessárias várias manobras para conseguir levar o tronco aonde seria cortado e jogado nas caçambas que o levariam, provavelmente, para o lixo.

 

















Tentamos contato com os responsáveis pela obra, para obter esclarecimentos, mas não fomos recebidos.

domingo, 2 de outubro de 2011

Pesquisa aponta que lavagem de roupas sintéticas contribui com poluição nos oceanos

Definitivamente é possível concluir o quanto produtos sintéticos – na sua maioria derivados do petróleo – são nocivos à saúde de todo ser vivo do planeta. Leia e avalie como estamos à mercê de uma indústria que polui em todos os setores e ambientes.
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De acordo com os pesquisadores, o principal risco para certas espécies está em minúsculos fragmentos que flutuam pelos oceanos.
 
Se você possui no armário roupas feitas de tecidos como viscose, raion, acetato, poliéster, acrílico e nylon, atenção! Você pode estar contribuindo com a poluição dos oceanos e a morte de centenas de espécies marinhas. Segundo uma pesquisa divulgada no dia 6 de setembro pela American Chemical Society, resíduos de tecidos sintéticos que se desprendem das peças durante a lavagem passam direto pelos sistemas de esgoto e acabam nos oceanos.

De acordo com os pesquisadores das universidades de Dublin, na Irlanda, de Plymout e Exeter, no Reino Unido, e da Waters Canada, no Canadá, apesar das tristes histórias de pássaros, tartarugas marinhas e outros animais que morrem engasgados ou enrolados com redes e grandes pedaços de objetos plásticos, o principal risco para essas espécies está em minúsculos fragmentos (muitos, impossíveis de serem vistos a olho nu) que flutuam pelos oceanos.
 
Por serem microscópicos, esses pedaços de plástico acabam sendo mais facilmente ingeridos pelos animais e entram na cadeia alimentar – trazendo riscos ainda pouco conhecidos para todos que fazem parte dela (inclusive o homem). Pensando nisso, em 1990 o grupo de cientistas começou a estudar essas partículas e suas possíveis origens. Na pesquisa recém-publicada, eles contam que decidiram coletar microplásticos em praias próximas a estações de tratamento de águas residuais para avaliar se as substâncias encontradas na região marítima eram as mesmas que saiam das máquinas de lavar espalhadas pelas cidades.

Dezoito regiões litorâneas dos seis continentes foram avaliadas e os resultados apontaram que quanto mais povoada era a cidade, mais microplásticos eram encontrados nas praias da região. Ainda segundo o estudo, os tamanhos e formatos das partículas indicam que eles eram resquícios de tecidos sintéticos. Outros experimentos demonstraram que uma única peça de vestuário pode liberar mais de 1.900 fragmentos por lavagem. “Isto sugere que uma grande proporção de microplásticos encontrados no ambiente marinho pode ser derivada de esgoto como consequência da lavagem de roupas. Conforme a população humana cresce e as pessoas usam mais tecidos sintéticos, é provável que a contaminação de habitats e de animais por microplásticos aumente”, alertam os pesquisadores.

Entre a composição química das substâncias encontradas, três quartos são de poliéster, e o resto é formado por poliamida, polipropileno e acrílico – o que corresponde à dos tecidos sintéticos. Para combater o problema, os pesquisadores sugerem que designers de roupas e fabricantes de máquinas de lavar considerem a importância de novas pesquisas e tecnologias capazes de reduzir as emissões de microplástico nas redes de esgoto – como a ultrafiltração.

Eles ainda alertam para a urgência de novos estudos que determinem se o microplástico pode ser acumulado ao longo das cadeias alimentares através da ingestão. “Nos seres humanos, fibras de microplásticos inaladas são absorvidas pelos tecidos do pulmão e podem tornar-se associadas a tumores, enquanto corantes dispersivos de poliéster e fibras de acrílico já demonstraram causar dermatite”, concluem.

EcoD/EcoAgência

Não descarte o seu lixo na rua

Não jogue lixo nenhum na rua. Cerca de 40% do lixo recolhido é proveniente da coleta de rua. Essa coleta é mais cara e, além de enfeiar os lugares, traz sérios problemas aos moradores nas épocas de chuva, com entupimento de bueiros e estrangulamento dos corredores de água.

CONSUMIDOR CONSCIENTE

CONSUMIDOR CONSCIENTEé quem consome o que necessita, sem desperdiçar nada. Além de economizar dinheiro, causa menos resíduos no seu ambiente e ajuda a preservar os recursos naturais.

Sociedade Nordestina de Ecologia completa 25 anos

Aos 25 anos de existência, a Sociedade Nordestina de Ecologia continua com o mesmo vigor dos primeiros dias, atuando sem descanso nas questões ambientais da região. A sociedade foi criada durante o I Congresso Nordestino de Ecologia, realizado em Recife em 1986, devido à necessidade de se criar uma organização não-governamental que defendesse os interesses ambientais da região como indutor de políticas públicas e que defendesse ações sociais além, é claro, das socioambientais.

Ao longo desse tempo, a SNE contribuiu com os primeiros passos do movimento ambientalista na região e no Brasil e se inseriu em grandes ações, tendo como parceiras entidades como WWF, SOS Mata Atlântica, Bird Life, TNC, Serta e Gambá. A SNE participa de colegiados nacionais como a Rede Mata Atlântica, os Conselhos Nacionais da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) e da Caatinga e em representações junto ao Ministério de Meio Ambiente, ao Banco Mundial e ao Ibama. Em Pernambuco, representa as entidades não-governamentais em colegiados estratégicos, dentre eles os Conselhos Estaduais de Meio Ambiente e o de Recursos Hídricos. A cada dois anos, realiza o Congresso Nordestino de Ecologia que, em 2011, chega à 13ª edição.

Com forte viés socioambiental, esta ONG tem desenvolvido projetos que envolvem a sociedade em processos de melhoria da qualidade ambiental e de vida. Com espírito crítico na formulação de consciência ecocidadã, vem oferecendo os meios para que as ações levem à mobilização social e à recuperação ambiental, seja da qualidade dos rios pernambucanos Tapacurá e Capibaribe, de nascentes e matas ciliares em assentamentos rurais, ou ainda, de Unidades de Conservação em diferentes estados do Nordeste.

Além de contar com um quadro técnico com competências específicas, mantém um viveiro florestal, capaz de produzir trezentas mil mudas de nativas por ano. Essa condição lhe permite prestar assistência a projetos empresariais e públicos, no planejamento e na recuperação ambiental.

Fonte: NE10

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Obra de da Vinci chama a atenção para o degelo ártico

Volume do gelo na região já está 51% menor que a média, desde quando começaram as medições



Arte utilizada para o bem da natureza e preservação do meio-ambiente. Mais uma ação do Greenpeace para chamar a atenção do público para a possibilidade de uma futura tragédia ambiental.

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O volume de gelo na Região Ártica é o menor desde que começou a ser registrado. Para chamar a atenção pública para esse dado alarmante, o Greenpeace, em parceria com Johan Quigley, montou um “Homem Vitruviano” no gelo.

O famoso estudo do corpo humano feito pelo gênio Leonardo da Vinci foi montado pelo artista a pedido da ONG. Com isso eles querem que o mundo pare para pensar nas ações do homem agindo no ambiente e como isso afeta a todos nós.

Segundo a Universidade de Washington (EUA), em julho de 2011 o volume de gelo ficou 51% menor do que a média e 62% menor que a medida máxima, estimada para 1979.

O Rio+20 vem aí e nós esperamos que decisões importantes sejam tomadas para diminuir – e acabar – com problemas do meio ambiente.




Fonte: folha.com

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Desmatamento aumenta na Amazônia para criar gado



Tudo bem que alimentar a população mundial se tronou um sério problema e de difícil solução se nos basearmos nos moldes da agricultura ou pecuária naturais. Mas degradar a floresta mais importante do planeta somente para criar gado é no mínimo insensato.

No entanto a Floresta Amazônica, considerada o ar condicionado da Terra, está cada vez mais degradada devido ao desmatamento, justificado pela necessidade de espaço para a criação de gado – diga-se de passagem: o número de cabeças de gado no Brasil é superior à população do país.
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Num estudo inédito realizado pelo Inpe e Embrapa foi constatado que mais da metade da Floresta Amazônica desmatada serve para pastos. São mais de 70 milhões de cabeças de gado espalhados pela Amazônia Legal (área maior que o bioma Amazônia).

O fato é estarrecedor, uma das florestas mais importantes do mundo acabando para a criação de gado. Fora todas as manifestações anticonsumo de carne, há ainda muita terra no país que poderia ser usada sem ameaçar a floresta.

Dos 719 mil quilômetros quadrados, cerca de 110 mil são só para pasto sujo, aquelas com vegetação ou regeneração do pasto.

Isso deveria ser proibido por lei, ou melhor, a lei deveria ser aplicada, mas no Brasil…

Com isso, o aquecimento global comemora e agradece.



Fonte: info

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O que pode e o que não pode ser reciclado.

Existem diversos tipos de materiais que podem ser reciclados, porém devemos tomar cuidado, pois há outros que não oferecem a possibilidade da reciclagem.

Para evitar ao máximo as agressões à natureza, reciclar é a atitude que devemos adotar cotidianamente. Só assim vai ser possível não descartar no meio-ambiente o lixo que não se degrada rapidamente.

Como não é possível reciclar tudo que é descartado, veja abaixo uma lista do que pode e o que pode ser reaproveitado através da reciclagem.


RECICLÁVEL
NÃO-RECICLÁVEL – TAMBÉM CHAMADO DE REJEITO
PAPEL

JORNAIS E REVISTAS
ETIQUETA ADESIVA
FOLHAS DE CADERNO
PAPEL CARBONO
FORMULÁRIOS DE COMPUTADOR
FITA CREPE
APARAS DE PAPEL
PAPÉIS SANITÁRIOS
FOTOCÓPIAS
PAPÉIS METALIZADOS
ENVELOPES
PAPÉIS PARAFINADOS
PROVAS
PAPÉIS PLASTIFICADOS
RASCUNHOS
PAPÉIS SUJOS
CARTAZES VELHOS
GUARDANAPOS
PAPEL DE FAX
PONTAS DE CIGARROS
CAIXAS EM GERAL
FOTOGRAFIAS
METAL

LATA DE FOLHA DE FLADRES (LATA DE ÓLEO, SALSICHA, LEITE EM PÓ ETC.

LATA DE ALUMÍNIO E DE AÇO

SUCATAS DE REFORMAS
ESPONJAS DE AÇO
CANOS
VIDROS

EMBALAGENS
ESPELHOS
GARRAFAS DE PLÁSTICO OU DE VIDRO
VIDROS PLANOS
COPOS
LÂMPADAS, CERÂMICA, PORCELANA, TUPOS DE TV, GESSO
PLÁSTICO

EMBALAGEM DE REFRIGERANTE
CABO DE PANELA
EMBALAGEM DE MATERIAL DE LIMPEZA
TOMADAS
COPINHO DE CAFÉ
EMBALAGEM DE BISCOITO
EMBALAGEM DE MARGARINA
CANOS E TUBOS
SACOS PLÁTICOS EM GERAL
MISTURASA DE PAPEL, PLÁTICOS E METAIS

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Injustiça é mais uma constante nas indenizações da Usina de Belo Monte


Imagina-se que preservar o meio-ambiente não só é uma atitude mais do que louvável, mas também digna de reconhecimento por parte da sociedade, do governo, das entidades defensoras da natureza e dos órgãos oficiais como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, IBAMA.

Mas, na prática, não é o que acontece com os donos de terras do Pará. Em termos de indenizações, a injustiça chega ao extremo. Quem possui áreas produtivas e outras com trabalhos de preservação ambiental, não vão ser remunerados de forma justa. Os pagamentos das indenizações só vão acontecer com relação às áreas de produção. Áreas de preservação não são motivo para indenizações.
 
Manoel Pires, fazendeiro local, tem uma propriedade em área que será alagada para dar lugar a um dos reservatórios. Ele diz que será indenizado pela parte da fazenda onde tem gado e cacau, mas não pela área de reserva legal.

Manoel Pires diz que registrou sua área de reserva legal - área de mata nativa que deve ser preservada dentro da propriedade. "Tem mais de cinco mil árvores. Eu já contei toda essa madeira aqui", afirmou.

Para o diretor de construção da Norte Energia, Luiz Fernando Rufato, empresa que constrói a usina e tem quase 50% de participação governamental, "não podemos abrir mão" da energia de Belo Monte.

"Nós temos que usar. Esse é o potencial do Brasil, dos brasileiros, que é para a gente ter essa garantia de que nós vamos ter energia barata, renovável, sem depender de nada."

Marcelo Salazar, da ONG Instituto Socioambiental, afirma que o custo de Belo Monte é "muito maior do que o que está sendo mostrado pelo empreendedor".

"Você tem diversos impactos sócio-ambientais que vão muito além da área de abrangência da obra, que não estão sendo dimensionados", disse.  

Fonte: Jornal Nacional

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Desmatamento acelera 91% na Amazônia brasileira


A investida contra a floresta amazônica aumenta. Antes se esperava terminar o período das chuvas. Agora, até durante as precipitações o corte das árvores acontece. De 2009 para cá, enquanto em outros estados brasileiros o desmatamento foi reduzido, na Amazônia ele só cresceu.

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De agosto de 2010 até fevereiro de 2011 a Amazônia perdeu 1.255 quilômetros quadrados de floresta. Isso é muita coisa, mais ainda quando a gente compara ao mesmo período entre 2009 e 2010, quando houve redução de 7% no ritmo do desmatamento. Por conta disso, o Ministério do Meio Ambiente vai conversar com os governos estaduais para avaliar a real situação da Floresta.

Por outro lado, Pará e Mato Grosso, antigos campeões de derrubadas, conseguiram se distanciar da ponta do ranking gerado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Infelizmente, outros estados tomaram a frente. Caso de Amazonas que registrou aumento de 91% no ritmo de derrubadas. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira afirma: “Há um crescimento que permanece em estados como Rondônia, Amazonas e Maranhão, que começaram a aparecer continuamente como regiões de aumento de desmatamento”.

Acre e Tocantins também registraram aumento, mas o número de cortes reais não é grande nesses estados. A ministra informou que vai convocar os governos estaduais da região da Floresta para avaliar a situação dos estados que estão registrando o aumento do desmatamento. “Precisamos nos antecipar ao desmatamento”, afirmou a ministra.

Essa antecipação já vem tendo atenção do governo. Por conta das chuvas, a abertura de novas áreas só começava em abril ou maio, porém esse ano o processo foi antecipado, segundo a ministra. Por conta disso, o Ibama já está mudando sua estratégia de fiscalização.

A ministra Izabella ainda completou dizendo que “As ações de caráter preventivo começaram a virar ações de caráter repressivo. Percebemos que o desmatamento está acontecendo mesmo no período de chuvas. É inovador. Estamos discutindo que dinâmica é essa que está adiantando o desmatamento”. 

Fonte: eco4 planet

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Governo corta a já pífia verba de parques federais

De que adianta uma carga tributária exagerada, como a brasileira, se o interesse público não é contemplado? Afinal, baseado nos últimos acontecimentos, podemos notar que não existe interesse governamental de cumprir suas obrigações – no que interessa a este blog – com as questões ambientais. O descaso é tanto que até a pequena verba destinada aos institutos que cuidam dos parques nacionais, a exemplo do Instituto Chico Mendes, foram reduzidas em 30%. Um verdadeiro desinteresse em preservar os nossos parques ecológicos já tão reduzidos por causa da ganância de madeireiros, pecuaristas e outros destruidores de florestas.

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O Governo Federal reduziu o orçamento do ICMBio (Instituto Chico Mendes), que toma conta dos parques nacionais, em 30%. O valor que era de R$ 557,8 milhões previstos para o ano foi reduzido para  R$ 388,7 milhões. Para comparação, em 2010 foram gastos R$ 461 milhões.

Com o corte, vários projetos e parques foram prejudicados. Talvez o mais importante dos projetos seja o Parques da Copa que, como o nome anuncia, revitalizaria parques perto das cidades-sede da Copa 2014 para gerar incentivo ao turismo ecológico.

Isso ainda acontece um ano antes do país sediar a conferência sobre desenvolvimento sustentável Rio +20. Para o presidente do ICMBio, Rômulo Mello, “o que a gente gasta, considerando a área, é uma gozação”. O gasto por hectare é de R$ 2, que pode subir até R$ 5 se for inclusa a folha de pagamento. Uma vergonha, já que em ordem de grandeza, até a Costa Rica gasta mais do que isso.

Se a comparação for com os EUA, que estão no furacão da crise, a coisa fica ainda mais ridícula: R$ 145 por hectare protegido é o que dispõe o NPS (National Park Service), algo semelhante ao nosso ICMBio. Só em 2011 foram US$ 3 bilhões de verbas federais “e a gente ainda reclama”, brinca o porta-voz do NPS, David Barna.

Parques da Amazônia recebem doações internacionais e conseguem amenizar o problema da falta de verba. Renato Dumont, diretor do parque dos Campos Amazônicos, diz que “No ano passado, 70% da verba veio do Arpa”. O sistema entrega doações para 64 unidades espalhadas pela floresta. E ainda há quem não goste do dinheiro internacional na região.

Para outros 12 parques, ainda existe outra forma de conseguir verba: A venda de ingressos. As duas unidades mais ricas do país, Parque da Tijuca (onde fica o Cristo Redentor) e o Parque Nacional de Brasília, conseguiram arrecadar R$ 13 milhões e R$ 1,1 milhão respectivamente. Mas nada é perfeito, já que eles arrecadam mais e gastam mais. Amauri Motta, diretor do Parque de Brasília, diz que a demanda no parque que administra é cinco ou seis vezes maior que a verba.

Carlos Eduardo Young, economista da UFRJ, diz que a situação é uma oportunidade perdida. Para ele e outros economistas, só em visitação as unidades de conservação poderiam gerar R$ 1,8 bilhão por ano. Sendo que, em 2009, só o ICMS ecológico (imposto que alguns Estados destinam a municípios com unidades de conservação) arrecadou R$ 402 milhões, enquanto no mesmo ano o ICMBio gastou R$ 322 milhões.

A importância de investir na área de turismo ambiental é enorme já que teremos eventos esportivos mundiais por pelo menos metade dessa década. É uma pena que o governo não pense assim.

Fonte: eco4planet

domingo, 24 de julho de 2011

Criação de animais silvestres em casa. Isso é possível?



Quem não gosta de ter um animalzinho de estimação em casa? É uma companhia, uma alegria para muitos solitários. Companhia excelente, no caso de cãezinhos, para as criancinhas. Os mais comuns são os gatos, cachorros, hamsters, papagaios... opa! Papagaio?! Bem esse é complicado, é animal silvestre, bem como araras, micos, dentre outros da fauna brasileira e criá-los em casa é proibido por lei.

A nossa intervenção no meio-ambiente pode ser bastante nociva. Retirar da natureza um animal para criá-lo em casa pode condená-lo à morte em pouco tempo. E uma morte sofrida, pois o bicho fica estressado, não se alimenta normalmente e pode morrer de inanição. Em outras palavras, retira-se o animal da casa dele para matá-lo. Isso, embora pareça exagero, é o que normalmente acontece. Claro que alguns sobrevivem – muito bem tratados – em residências onde os donos oferecem tratamento vip, mas lugar de animal silvestre é na natureza, livre.




Há meios de se criar animais silvestres. Mas isso requer conhecimento, controle e monitoramento. E, principalmente, ética, respeito e atenção aos regulamentos que orientam para o exercício do manejo da vida silvestre.

O interessado em criar animais silvestres deve seguir as orientações do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais). Deve enviar projeto de criação contemplando os objetivos e aspectos técnicos. Aprovado o projeto, o interessado recebe matrizes provenientes do CETAS (Centros de Triagem de Animais Silvestres – do IBAMA) ou de outros criadores. Nota-se que a ideia não é criar um animal em casa, preso em uma gaiola, mas sim, em um local amplo e condizente com o habitat natural de cada indivíduo. Portanto se faz necessário a presença de técnicos especializados, veterinários, conhecimento da biologia da espécie e capacidade técnica para o manejo.


A receptação ou compra de animais silvestres sem o devido registro e autorização do IBAMA é crime ambiental. Além do mais, comprar esses animais em feiras ou na estrada – onde essa comercialização é uma prática – só incentiva a caça, comportamento que termina sempre na morte de muitos animais cujas espécies estão em perigo de extinção. Essas atitudes ferem leis ambientais e podem levar os infratores à cadeia.




Portanto, preservar as espécies em seu habitat natural não só é benéfico para o meio-ambiente, como é, também, garantia de estar quite com as obrigações de cidadania, além de ser ecologicamente correto.

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Para obter mais informações sobre a gestão da fauna silvestre procure o Núcleo de Fauna na Gerência Executiva do Ibama em seu estado ou entre em contato com a Coordenação Geral de Fauna-CGFAU, em Brasília.